Moradores Fernando de Noronha querem mudança na comissão de avaliação da política habitacional
Uma moção de repúdio foi aprovada na reunião da Assembleia Popular Noronhense
A Assembleia Popular Noronhense (APN) realizou uma reunião na noite dessa segunda-feira (9), na sede da entidade, na Vila do Trinta. No encontro foi aprovada uma moção de repúdio pelo fato da entidade não estar incluída na comissão de avaliação da política habitacional de Fernando de Noronha.
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A comissão foi criada pela Administração da Ilha e o grupo só conta com integrantes do governo local e o Conselho Distrital. Os integrantes da comunidade, que participaram na reunião, reclamam das condições de moradia e acusam o governo de privilegiar grande empresários. Para os moradores a Administração do Distrito dificultar o dia a dia da comunidade. Muita gente espera há anos a liberação de terrenos, desmembramentos de áreas e autorização de construção de habitações e casas populares.
A reunião foi comandada pelo presidente da APN, Antônio Carlos Nascimento, e contou também com a participação do diretor de infraestrutura da Administração do Distrito, Daniel Bezerra, e o chefe do Núcleo Integrado do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Felipe Mendonça.
“O ICMBio fez a revisão do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental e ampliou da zona urbana para uso habitacional, mas as novas áreas não devem ser utilizadas para empreendimentos comerciais. Nos interessa que a ilha garanta condições para a moradia da população”, disse Felipe Mendonça.
“Quando a gente faz parte do governo nem sempre é ouvido ou tem a opinião acatada. Eu não participei do trabalho de desmembramentos dos terrenos nem da elaboração da lista dos contemplados na política habitacional. Eu me sinto inabilitado a opinião até porque eu não conheço as pessoas. Esses assuntos não foram colocados para a diretoria de infraestrutura. Eu participo do trabalho de manutenção e criação de ruas”, afirmou Daniel Bezerra.
“Nós vamos encaminhar ao novo administrador, Guilherme Rocha, uma moção de repúdio pelo fato da APN, entidade que representa os moradores, não fazer parte da comissão que está avaliando a política habitacional. Nós também estamos tentando uma audiência com o governador para falar dos problemas da ilha”, informou o presidente da APN, Antônio Carlos Nascimento.
Edição:Robson Ouro Preto