Mucio nega renúncia e diz que boato foi “fogo amigo” do PT

Os petistas sempre foram criticados por serem hegemônicos e não saberem lidar com alianças. A tentativa de “fritura” contra o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, da cota pessoal do presidente Lula, é mais um exemplo de que o PT não amadureceu nem aprendeu nada em 20 anos. “Fogo amigo puro”, disse ele em conversa com o jornalista Ricardo Antunes.
Sobre a matéria do UOl, nessa noite, de que o PT estaria esperando sua “carta renúncia” para poupar o presidente de demiti-lo, afirmou que o único efeito da mesma foi o fato de que seu “telefone não parou de tocar”.
Para piorar, o deputado mineiro, André Janones, resolveu ser o “fofoqueiro” do “fogo amigo”. Postou em suas redes sociais que José Múcio “renunciaria nas próximas horas”. Um tipo de declaração de alguém que passou longe da fila da inteligência. Típico de quem flertou com Bolsonaro e veio para o PT, e precisa aparecer para tentar conquistar um espaço. No entanto, com esse tipo de atitude nunca terá.
André Janones postou boato na sua rede social
Lula sempre controlou o PT no final de tudo, mas permitiu que se batesse nos auxiliares como forma de se livrar do problema. O problema é que uma tática assim, num governo que mal começou e já tem tantos pepinos para descascar, não tende a ter os mesmos efeitos que em 2003.
Por sua vez, Múcio tem a maturidade que falta nos “pelegos” petistas. A outro interlocutor, logo cedo, riu da situação. “Acho que o pessoal não me conhece para imaginar que vou me guiar por notas plantadas em sites e jornais”.
Os rumores de saída se intensificaram após o bombardeio por uma suposta responsabilidade pelos vandalismos na tarde do último domingo (8), e quando o ministro não compareceu à reunião de Lula com os 27 governadores e alguns ministros do STF, no Palácio do Planalto. Ele estava em outras reuniões e informou os compromissos ao presidente, com quem goza de forte e leal amizade há décadas.
Em resumo: a vontade dos grupos mais radicais no entorno do presidente Lula de verem Múcio longe do governo não passa de “sonho de uma noite de verão”, como no clássico de William Shakespeare. É isso.