Candidato do PDT esteve neste domingo (23) em Pernambuco e criticou aliança dos petistas com Paulo Câmara
Em uma rápida passagem pelo Recife na tarde deste domingo (23), o candidato do PDT a presidente da República, Ciro Gomes, criticou o PT de Pernambuco por “se agarrar com golpistas” e por barrar a candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) ao governo do estado. Ao seu velho estilo, sem papas na língua, o candidato também não poupou o adversário petista Fernando Haddad (PT), que, na sua avaliação, não conhece a região Nordeste e representa a terceirização de uma candidatura do ex-presidente Lula (PT).
Ciro participou de dois eventos na capital pernambucana. Após participar de uma conversa no auditório de um colégio no bairro do Derby, o pedetista visitou o comitê do candidato do a deputado federal Túlio Gadelha (PDT). Numa referência direta ao governador de Pernambuco e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), Ciro demonstrou insatisfação, durante discurso a militantes, com o acordo entre o PSB e o PT que levou ao veto da candidatura de Marília. “Eu lutei muito contra esse golpe. Agora, o que me dá raiva, é o PT se agarrar com golpistas. E eu não aceito apoio de golpistas. Simples assim. Paulo Câmara votou no impeachment (de Dilma Rousseff), tirou a Marília Arraes na marra”.
Ciro também foi irônico com o isolamento que o acordo PT-PSB acarretou à sua campanha, uma vez que a dobradinha impediu que ele tivesse apoio dos socialistas na sua chapa. “Se eu tivesse o apoio do PSB, eu teria mais 12 segundos (de tempo de TV no programa eleitoral). Que diabos é que eu tenho pra dizer, que esse povo não quer que eu diga?”, criticou, sendo bastante aplaudido pelos militantes presentes no comitê.
Ao falar sobre a candidatura de Fernando Haddad a presidente, Ciro Gomes classificou o adversário como um político inexperiente para a missão de governar o Brasil: “E a pergunta é simples: o Haddad conhece mais o Nordeste do que eu? Candidatura é assim, a gente tem que comparar. Isso não é defeito dele. É falta de experiência. Nada que um tempo não dê. Mas agora? No meio da pior crise da história do Brasil, só porque nós gostamos do Lula, vamos terceirizar e votar em um candidato por procuração?”, indagou.
Na curta passagem por Pernambuco, o candidato do PDT ainda pediu “paciência” da sua militância com os eleitores do adversário Jair Bolsonaro (PSL): “É minhoca muita na cabeça (deles)”. Ele também pediu que os eleitores “não transfiram a decisão para instituto de pesquisa”, numa alusão ao fato de estar na terceira posição nos levantamentos de intenção de voto na corrida presidencial.
 
Op9