Algumas siglas do mercado financeiro podem desafiar a compreensão dos investidores, especialmente aqueles que estão iniciando a montagem de seu portfólio de investimentos.  

 É possível que, durante conversas ou até mesmo conteúdos que consume, você já tenha ouvido falar sobre operações de hedge.

Se você ficou em dúvida sobre o que é e como funcionam essas operações, não se preocupe, este é o assunto que vamos tratar hoje.  🏽 

 Os mecanismos de hedge visam proteger operações expostas à maiores oscilações de preços ou volatilidade. Eles podem ser utilizados para aumentar as chances do investidor de obter sucesso em suas escolhas, além de suavizar os riscos da renda variável. 

 No mercado de renda variável, mesmo que utilize análises fundamentalistas, é possível obter resultados acima do esperado, mas os prejuízos também podem ocorrer. 

 Por isso, operações de hedge possibilitam que, mesmo em momentos de queda do mercado, os prejuízos sejam amenizados e não afetem tão profundamente o planejamento financeiro do investidor. 

 A partir do conceito, é possível encontrar tipos diferentes de mecanismos de hedge. Conheça os principais a seguir: 

o   Hedge Cambial 

 Utilizado visando proteger investidores ou empresas que desejam anular riscos de câmbio em seus ativos ou operações.  

 Exemplo: empresas exportadoras ou que possuem insumos de produção em dólar. 

 Operações simples feitas por investidores que desejam viajar ao exterior, por exemplo, que compram moeda estrangeira antecipadamente para se proteger das oscilações, também podem ser consideradas operações de hedge cambial. 

 Uma outra forma de proteger uma carteira através de hedge cambial é investir através de fundos de investimentos cambiais. Esse tipo de fundo possui ao menos 80% dos ativos atrelado a uma moeda estrangeira, na maior parte dos fundos a moeda é o dólar. 

o   Hedge em Commodities 

 Uma das primeiras formas conhecidas de hedge, muito utilizada no setor agropecuário. 

 Esse tipo de operação é feita através de contratos futuros, no qual é fixado um preço para compra ou venda de commodities, buscando a proteção para oscilações de preços e possíveis intempéries. 

o   Hedge em Ações 

 O hedge em ações serve para evitar possíveis prejuízos com a volatilidade dos investimentos em renda variável. 

 Uma das formas de fazê-lo é através de opções ou outros derivativos.  

 Exemplo: é possível comprar uma opção para venda de uma ação por um preço fixado na data futura para que caso a ação sofra uma queda, não haja grandes prejuízos. 

 *Vale salientar que operações com opções pressupõem um conhecimento amplo do mercado e podem apresentar diversos riscos ao investidor PFC (pessoa física comum). 

o   Hedge Natural 

 Investir em ações de empresas exportadoras, por exemplo, ou que possuem muitos ativos atrelados ao dólar. Esses negócios tendem a se valorizar em cenários de alta do dólar.  

 Trata-se de uma proteção indireta para o investidor, servindo para equilibrar possíveis prejuízos. 

 O hedge natural é uma opção mais acessível para o investidor PFC.  

 Além disso, para aqueles que não dispõem de tempo para acompanhamento do mercado, é possível concentrar os estudos em fundos de investimentos que possuam ativos como dólar, ouro ou ações estrangeiras em sua composição – sem que seja preciso se preocupar com mecanismos complexos ou operações com derivativos.  

Forte abraço, 

Arthur Lemos.