O que é taxa de Vacância?

Você sabe como a Taxa de Vacância, que é uma variável essencial na análise dos fundos imobiliários, afeta os rendimentos dos FIIs?
A Taxa de Vacância é a medida do espaço não locado ou não ocupado de um imóvel. O resultado é obtido através da relação entre a área disponível e a área total do empreendimento.
Se, por exemplo, um imóvel empresarial tem taxa de ocupação de 80%, significa que 80% da sua área locável está ocupada por empresas.
Poderíamos ainda dizer que sua Taxa de Vacância é de 20%. Isto é, de toda a área do empresarial, 20% permanece desocupada.
Dito isto, vamos entender como a Taxa de Vacância afeta seu investimento imobiliário e como avaliar essa variável antes de escolher um FII para integrar seu portfólio.
Para começar, é importante compreender o cenário econômico atual:
Quando a economia está desaquecida, é comum que a procura por imóveis caia. Além disso, os próprios gestores dos empreendimentos não são incentivados a realizar investimentos em ampliação e melhorias para o imóvel.
O oposto também é verdadeiro.
Em um cenário de economia aquecida, a busca por imóveis aumenta e, proporcionalmente, por investimentos em melhorias e expansões dos empreendimentos.
Os fundos imobiliários são afetados diretamente neste cenário, afinal, os FIIs possuem imóveis ou ativos lastreados em imóveis na sua composição.
Neste caso, quanto maior a ocupação, mais vantajoso é o fundo para o cotista. Ou seja, as cotas dos fundos tendem a se valorizar em cenários econômicos favoráveis.
Além da valorização das cotas, um empreendimento com mais locatários significa maior distribuição de lucros com aluguéis aos cotistas.
Nesse momento, você pode se perguntar se a Vacância é sempre um mau sinal.
A compreensão da razão para a disparidade entre oferta e demanda de imóveis é essencial para o processo de análise.
Em um cenário de expansão, onde um empreendimento divulga novas unidades em lançamento, é comum que a ocupação inicial seja baixa.
No entanto, se em um cenário de recessão a taxa de vacância se apresentar inalterada, ou subir demais, o poder de barganha ficará nas mãos dos inquilinos e haverá um desequilíbrio ainda maior entre a oferta e a demanda.
Evidente que a taxa de vacância, assim como outros múltiplos, não deve ser analisada isoladamente.
É preciso estar ciente que as expectativas mercadológicas e econômicas influenciam diretamente a decisão de investir em um FII.
Além disso, imóveis diferentes possuem características diferentes, tanto em relação ao seu espaço e gestão, quanto ao perfil de locação.
Em cenários de recessão, apesar da vacância elevada, alguns imóveis podem estar “descontados” em relação ao seu valor de mercado – o que pode representar oportunidades para o investidor.
Mas é preciso atenção para descobrir essas boas oportunidades. Via de regra, quanto menor a taxa de vacância, melhor para o investidor.
Você pode consultar as informações referente aos ativos do fundo imobiliário e demais informações relevantes nos relatórios dos fundos listados no site da B3.
Sigo torcendo pelo seu sucesso.
Abraços,
Melissa Belmiro