Operação Curare investiga esquema de corrupção e fraudes de R$ 45 milhões na Prefeitura de Cuiabá favorecendo seis empresas

 Operação Curare investiga esquema de corrupção e fraudes de R$ 45 milhões na Prefeitura de Cuiabá favorecendo seis empresas

A Operação Curare investiga um esquema corrupção e fraudes junto à Secretária Municipal de Saúde, receberam R$ 45 milhões da Prefeitura de Cuiabá, favorecendo seis empresas suspeitas. São elas: a Hipermed Serviços Médicos Hospitalares; a Ultramed Serviços Médicos e Hospitalares; a Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares; a Medserv Serviços Médicos e Hospitalares; a Douglas Castro ME e a Ibrasc – Instituto Brasileiro Santa Catarina.

Atualmente, essas mesmas empresas também atuam no estado de Goiás, o que já despertou um alerta sobre a situação no Estado vizinho.

Além disso, as investigações constataram que todas as empresas fazem parte do mesmo grupo empresarial – e atuavam no sentido de se “perpetuar” na prestação de serviços na área de saúde em Cuiabá.

No total, 21 pessoas físicas e jurídicas são investigadas pelo esquema. Entre os alvos está Célio Rodrigues da Silva,  secretário Municipal de Saúde que foi afastado do cargo e seria o responsável pelo favorecimento das empresas, que seriam todas as empresas dos amigos do ex-secretário.

Os servicos no HUGO, Jaragua e outros hospitais do IBCG e CEM recebem os serviços das mesmas empresas, repetindo o possível ciclo de favorecimento que movimento cerca de R$ 45 milhões.

De acordo com o juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, que autorizou a operação, existem indícios de autoria dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, contratação ilegal, pagamento irregular e perturbação de processo licitatório.

Confira a portaria:

Portaria nº 009.2021 – 202100057204 – Secretário SES Ismael Alexandrino (1)

De acordo com a PF, as empresas conseguiam fraudar os processos administrativos para fechar contratos emergenciais com a Saúde de Cuiabá. Com isso, conseguiam receber pagamentos indenizatórios e empenho sem respaldo contratual, contrariando a Lei de Licitações. Os pagamentos da Prefeitura foram feitos através da Empresa Cuiabana de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde.

“A análise dos elementos disponíveis das contratações descritas revelam que a cotação de preços é umSchneider momento crucial para a fraude das compras públicas, tanto que as empresas são frequentemente consultadas, como se fossem concorrentes, quando, na verdade, constituem um mesmo grupo empresarial, ou até uma só empresa, já que, em muitos casos, não há prova da existência autônoma de cada uma delas”, diz trecho do pedido formulado.

A PF constatou movimentação financeira indicando o recebimento de mais de R$ 600 mil da Hipermed.

Conforme a Polícia Federal, o grupo empresarial recebeu R$ 45 milhões da Prefeitura de Cuiabá, sendo R$ 11 milhões pagos à HipermedR$ 10 milhões a Douglas Castro-MER$ 16 milhões à Ultramed e R$ 8 milhões à Smallmed.

Veja quem controla as empresas investigadas:

Hipermed Serviços Médicos Hospitalares

Sociedade Anônima, que tem Míriam Flávia Caldeira Jamur como representante legal e Maicon dos Santos como gestor administrativo. Porém, conforme a PF, quem exerce o controle sobre a empresa é Paulo Roberto de Souza Jamur.

Ultramed Serviços Médicos e Hospitalares

Sócios: Maicon dos Santos e Felipe de Medeiros Costa Franco

Smallmed Serviços Médicos e Hospitalares

Proprietário: Marcelo Pereira da Silva

Medserv Serviços Médicos e Hospitalares

Sócios: Marcelo Pereira da Silva e Paulo Roberto de Souza Jamur

Douglas Castro ME  

Proprietário: Douglas Castro

Ibrasc – Instituto Brasileiro Santa Catarina

Proprietário: José Carlos Jobim

Redação

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