Oportunidade de realizar eleições gerais e escrever uma verdadeira Constituição Federal

 Oportunidade de realizar eleições gerais e escrever uma verdadeira Constituição Federal

Ainda na euforia do pós-regime militar e três meses depois de assumir a presidência da República, em 15 de março de 1985, o ex-aliado do regime o então Presidente José Sarney enviou ao Congresso Convocação da Assembleia Nacional Constituinte. Em 1986 os eleitores brasileiros foram às urnas e elegeram governadores, deputados estaduais, senadores e deputados federais, sendo que os deputados e senadores, foram eleitos também para serem Constituintes.

Os Constituintes eleitos em 15 de novembro de 1986, foram empossados em 1º de fevereiro de 1987. O senhor Diretas, ou Dr. Constituinte, Ulisses Guimarães, foi eleito presidente da Assembléia Nacional Constituinte do Brasil. Ao finalizar os trabalhos de elaboração da nova Carta Magna do País, Dr. Ulisses a chamou de Constituinte Cidadã, sendo a mesma promulgada em 3 de outubro do ano de 1988.

Passados 32 anos a Constituição Cidadã de Dr. Ulisses Guimarães, já ganhou vários apelidos e entre eles é o de Carta remendada. Por isso já faz algum tempo que se escutam rumores de quem é a favor da convocação de uma nova Assembléia Constituinte, entre os defensores da ideia está uma das principais reservas morais da política brasileira o ex-senador gaúcho, Pedro Simon. O mesmo é a favor que o eleito seja exclusivo para a Assembleia Constituinte, também de que o Constituinte não disputa mais cargos eletivos.

Portanto, em tempos de pandemia onde os políticos se aproveitam para fazer política, seria importante se ao final dessa crise o País pudesse refletir e tomar sabia decisões. Uma delas seria o adiamento das eleições municipais marcada para o mês de outubro deste ano, outra a convocação de uma Assembleia Constituinte. A eleição seria realizada em conjunto no ano de 2022 para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Seguindo a ideia de Pedro Simon, o político não pode ser Constituinte. Aí acabaríamos com os vícios, ao tempo que definiria quais os reais papeis dos Três Poderes. O que se ver hoje é o parlamento governando, a justiça tomando decisões que são prerrogativas do legislativo e do executivo. Ainda se apegando aos remendos da Constituição, para promover inversões de valores e submeter o mandatário numero 1 da Nação, a humilhação de ser subserviente de prefeitos e governadores.

Nas eleições presidenciais de 1989 o candidato das organizações Globo de jornalismo, Fernando Collor de Mello, ex-governador do estado de Alagoas, apresentou no seu guia eleitoral uma jovem que emocionou o País a época com um chamamento: “Vamos transformar essa vergonha numa Nação”. A jovem desapareceu, Collor rompeu com a Globo e se aliou a Leonel Brizola, foi cassado teve os direitos políticos cancelados, voltou a política, foi eleito senador por seu estado e até hoje não atenderam o pedido daquela jovem.

Didi Galvão

robsonouropreto

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