PERÍODO ELEITORAL – Por Natanael de Vasconcelos

 PERÍODO ELEITORAL – Por Natanael de Vasconcelos

Estamos vivenciando mais um período eleitoral!

No próximo domingo, dia 15 de novembro, a população dos municípios, apta a votar, exercendo o seu compromisso democrático, escolherá mais uma vez o cidadão que governará o município pelos próximos quatro anos.

Que bom seria se essa população de eleitores pudesse votar em um Plano de Governo, deixando de lado os nomes, as pessoas, as indicações, os cargos ocupados e escolhessem o seu candidato baseada naquilo que ele propõe para o município, sendo este projeto expresso em um documento planejado com equilíbrio, elaborado com inteligência, circunspecto e viável para merecer credibilidade, influenciando a decisão de escolher um Plano cujas metas fossem direcionadas para o bem estar social na mais alta acepção de seu significado.

Elegendo o futuro prefeito pelo seu intuito de cuidar das pessoas, sem o assistencialismo arcaico, e sim, oferecendo serviços públicos de qualidade, onde a educação, saúde, assistência social, segurança e infraestrutura, alcançassem, mesmo que minimamente, suas finalidades e objetivos. Acreditando em um projeto apto a mostrar que educação se faz com ações abrangentes, que, além do currículo escolar, prepare os alunos para o exercício da cidadania, além da implantação de cursos profissionalizantes, cursos de línguas, cursos de informática, preparando os jovens para o ingresso na universidade, oportunizando condições de igualdade para disputa no mercado de trabalho, tudo isso sendo possível com a melhoria da qualidade do ensino através de avanços efetivos na aprendizagem, alcançados principalmente pela valorização e o respeito aos profissionais da educação.

Seria importantíssimo se houvesse a oportunidade de contar com uma saúde preparada para atender as pessoas com ações preventivas, onde as medidas curativas não fossem consequência da falta de prevenção e de cuidados necessários para as pessoas permaneçam saudáveis, e ainda, que a saúde fosse de fato um direito de todos que indistintamente pudessem ter um atendimento digno, inerente a sua condição de cidadão, em qualquer estabelecimento de saúde.

A segurança pública sendo tratada como uma ação executada em conjunto com o estado, através de convênio, visando à redução da criminalidade combatendo as suas causas, e não tendo o governo apenas como preocupação primordial a ampliação de vagas nos estabelecimentos prisionais ou de recuperação social.

Se cada eleitor pudesse optar por um Plano de Governo, em que a geração de emprego deixasse de ser promessa de campanha, para ser incluída nas ações de desenvolvimento econômico, respeitadas as vocações e potencialidades econômicas do município, com ofertas de vagas e postos de trabalho fora do setor público e fossem contempladas ações para o desenvolvimento da indústria, do comércio, do turismo, da tecnologia, capaz de resultar em desenvolvimento social.

Com a infraestrutura sendo levada a sério, tratada mediante projetos de obras para duração de longo prazo, realizadas visando atender as efetivas necessidades da população, oferecendo condições para uma cidade planejada, na qual o saneamento fosse um conjunto de ações buscando preservar e modificar para melhor o meio ambiente e consequentemente melhorando a qualidade de vida da população.

O problema da moradia sendo tratado em um plano para oferecer moradia digna, onde a assistência social, pelo menos, amenizasse os efeitos da pobreza e da marginalização, reduzindo as desigualdades sociais, respeitando e garantindo a condição de cidadania, constitucionalmente assegurada a cada um.

Que tudo isso fosse apresentado de forma clara, informando como seria feito e a forma do seu custeio, as fontes de financiamento e os recursos necessários para sua realização, em lugar de promessas mirabolantes, fictícias impossíveis de realizar por falta de condições financeiras.

Poderíamos imaginar os debates políticos com seus participantes deixando de lado a retórica da agressão pessoal, das ironias e provocações, transformando-se em um verdadeiro fórum para debate das ações planejadas por cada candidato para melhoria da qualidade de vida das pessoas, estejam elas na cidade ou na zona rural, possibilitando aos eleitores escolher o seu candidato baseado unicamente nas propostas apresentadas.

Que os candidatos apresentados fossem verdadeiros líderes, capazes de conduzir o seu povo no caminho do desenvolvimento, ouvindo os seus reclamos e trilhando pelo entendimento e pela paz.

Quando isso tudo acontecer, deixando de ser utopia, indubitavelmente teremos municípios melhores.

*Natanael de Vasconcelos é contabilista, bacharel em direito e Pós graduado em Gestão Pública

robsonouropreto

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