PRAIAS EM PERNAMBUCO: embora menos ruins, estradas do Litoral Norte estão abandonadas

 PRAIAS EM PERNAMBUCO: embora menos ruins, estradas do Litoral Norte estão abandonadas

São estradas que, embora não estejam tomadas por buracos como as do Litoral Sul, não têm nada além de um pavimento razoável – FOTO: BRUNO CAMPOS

Embora menos famosas, as praias do Litoral Norte de Pernambuco levam vantagem sobre as do Sul quando o recorte é a infraestrutura de acesso. A malha rodoviária que chega a praias como Ponta de Pedras, em Goiana, na Mata Norte do Estado, e Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, está numa situação bem melhor do que a região Sul.

De cara, no entanto, é preciso alertar que são todas rodovias ruins. Pelo menos no caso das PEs. A sinalização horizontal praticamente inexiste, a vertical virou lenda há muito tempo, e não há acostamento em toda a extensão, independentemente da rodovia. Também é comum ver a vegetação invadindo a faixa de rolamento.

Todas as PEs da região estão assim: PE-49, acesso a Ponta de Pedras, PE-035, que leva à Ilha de Itamaracá, ou PE-14, no acesso a Mangue Seco. Assim como a PE-15 e a PE-22, que são bem mais urbanas e levam à Maria Farinha.

São estradas que, embora não estejam tomadas por buracos como as do Litoral Sul, não têm nada além de um pavimento razoável. O que é de se esperar, já que a demanda de turistas e visitantes nas praias do Litoral Norte é muito menor do que a registrada no Litoral Sul.

A PE-49, por exemplo, segue com um pavimento bem razoável, mas sem acostamento e qualquer tipo de sinalização – inclusive a horizontal, o que demonstra que há muito tempo o poder público não cuida como deveria. Sinuosa, torna-se perigosa devido a essas ausências.

A rodovia, inclusive, vem sofrendo um processo de degradação nos primeiros dez quilômetros devido ao excesso de carga de caminhões que retiram areia e a transportam pela via de acesso ao vilarejo de Atapuz, uma vila de pescadores situada entre o Canal de Santa Cruz e a Ilha de Itapessoca, no município de Goiana.

Segundo denúncia de moradores, os caminhões levam o material para o Grande Recife e, por não enfrentarem fiscalização, desrespeitam o limite de peso, impactando diretamente no desgaste da rodovia. “Isso começou há um ano, aproximadamente. Destruíram a estrada que leva para Atapuz e já começamos a ver que estão estragando também a de Ponta de Pedras. Pelo menos no trecho até a BR-101. É o excesso de peso da carga”, denuncia o empresário cultural Livaldo Alves de Melo, conhecido como Pernambuco.

Os acessos às praias da Ilha de Itamaracá e de Igarassu estão na mesma situação: não são dos piores, mas também não são estradas boas e seguras. A PE-035, que corta Itapissuma e chega à Itamaracá, é um exemplo. O mesmo acontece com a PE-014, em Nova Cruz, que dá acesso à Praia de Mangue Seco. O motorista desatento pode ser surpreendido por um ou outro buraco. E, ao longo de toda viagem, não contará com sinalização ou acostamento. Isso é certo.

DIFÍCIL ACESSO ÀS PRAIAS DO SOSSEGO E ENSEADA DOS GOLFINHOS

A pavimentação da estrada vicinal que leva às Praias do Sossego, Enseada dos Golfinhos e Pontal de Itamaracá, numa extensão de aproximadamente dez quilômetros, é quase uma lenda urbana na região.

A estrada chegou a ser preparada para a implantação, ainda no segundo governo de Miguel Arraes (PSB) – ou seja, quase 30 anos atrás -, mas as obras não avançaram. Apesar de tudo estar pronto, inclusive com recursos garantidos via Prodetur. Até hoje parte das pessoas que moram e veraneiam na região aguardam.

 

CONFIRA o que diz o GOVERNO DE PERNAMBUCO

“Infelizmente, seguimos esperando pela pavimentação da estrada. Apesar de a Prefeitura de Itamaracá estar sempre passando a máquina para garantir a trafegabilidade, o fato de ela ainda ser vicinal prejudica o acesso às praias e, consequentemente, a economia local. A implantação da rodovia é fundamental para ajudar o turismo”, alerta Rubem Catunda, ex-prefeito de Itamaracá e empresário do setor turístico.

BR-101 NORTE

Outro alerta precisa ser feito para quem planeja pegar a estrada em direção ao Litoral Norte pernambucano. Até mesmo a BR-101 Norte, referência viária, já tem diversos problemas de pavimento que, como é costume, começam a ser solucionados com remendos de asfalto sobre o concreto, destruindo o que foi feito e potencializando os riscos de sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se diz, segundo a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas). É preciso estar alerta.

mmscriacoes

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