Os moradores do bairro de Viana, no município de Camaragibe, estão revoltados com o fechamento do único posto de saúde da localidade desde a última segunda-feira, 13 de dezembro, por falta de pagamento do aluguel do imóvel por parte da gestão da prefeita Nadegi Queiroz (Republicanos). O caso ganhou repercussão com a exibição de uma matéria no NE1 da Tv Globo Nordeste.

“A gente vê a nossa prefeita, uma mulher como médica deixar a saúde chegar nesta situação em Camaragibe. Como é que pode?”, questionou um morador durante a reportagem.

Com o cadeado fechado, os moradores esperavam a resposta dos responsáveis sobre a situação do posto de saúde, que foi classificada pelos populares como “absurdo”.

O posto instalado na rua Ana Alves está com os portões fechados por cadeados e com vários cartazes informando a falta pagamento.

Dona Severina, que é proprietária do local que funciona o posto, informou que há cinco meses a Prefeitura não efetua o pagamento do aluguel.

“Paga um mês e fica outro dentro. Já chegou a juntar sete meses, ainda mais exigindo documento que não existe e que eu pague quase R$ 8 mil reais de imposto desta casa para eles (Prefeitura de Camaragibe) fazer esse contrato. Até hoje não recebi nenhum papel para assinar”, afirmou a proprietária.

A dona de casa Maria da Conceição Ferreira, afirmou que foi solicitado um exame e já faz dez meses que ela está tentando marcar uma consulta para mostrar o resultado ao médico e não conseguiu pela escassez de vagas no local. Os moradores também reclamaram da falta de medicamentos no posto.

A atual Prefeita do município, Nadegi Queiroz, já foi Secretária de Saúde do município e também ocupou o cargo de vice-prefeita na gestão do prefeito Demostenes Meira, além de ser formada em medicina como obstetra.

O que diz a Prefeitura? 

Em resposta, o secretário de Saúde do município, Antônio Amato, alegou que o posto de saúde foi fechado por questões burocráticas, pois ‘não pode fazer a renovação com o imóvel, uma vez o espaço não atendia as especificações e documentações necessárias, além de estar com documentos pendentes e que aguardou que a proprietária toda a parte da documentação. A gestão disponibilizou um caminhão que funciona de forma provisória até que uma nova edificação seja encontrada pela prefeitura.