Quadrilha presa por explosão da Brinks se articulava com bandidos de outros estados, diz delegado

Parte da quadrilha presa por explodir e roubar a sede da empresa de segurança Brinks, na Zona Oeste do Recife, se articulava com integrante de outros estados para praticar crimes. A declaração foi feita pelo diretor Integrado das Delegacias Especializadas, delegado Luiz Andrey, após a operação que prendeu, na manhã desta terça-feira (1º), o braço da organização criminosa em Pernambuco.
Denominada ‘Durga’, a operação cumpriu seis mandados de prisão na Região Metropolitana, em Nova Odessa (SP) e em Natal (RN). “É uma quadrilha que tinha braços em vários estados. O braço em Pernambuco foi totalmente debelado, o líder foi preso hoje. Estamos com ações em São Paulo e Rio Grande do Norte não só para prender, mas com apreensões de objetos para aprofundar as investigações”, pontuou.
Na ação contra a Brinks, em 21 de fevereiro, houve explosões, carros queimados e troca de tiros. Três policiais militares ficaram feridos. Cerca de 30 homens são suspeitos de envolvimento no crime.
Na operação, os agentes cumpriram também 17 mandados de busca e apreensão domiciliar, além de dois mandados de condução coercitiva, quando os suspeitos são levados para prestar depoimento.
Até as 7h30 desta terça, cinco homens tinham sido presos e encaminhados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste do Recife. Quatro deles foram detidos em casa, em bairros da capital e de cidades da Região Metropolitana.
O quinto foi preso no Rio Grande do Norte. A polícia segue em busca de outro suspeito em Nova Odessa (SP). Todos os detidos já cumpriram pena por assalto a banco.
A polícia apreendeu quatro carros em Pernambuco com placas do Recife, de Natal e de São Paulo. A corporação também recolheu projéteis de arma de fogo.
Entenda o caso
De acordo com a polícia, cerca de 30 bandidos fortemente armados participaram da ação. Eles tinham como alvo principal a empresa de transporte de valores. Para entrar no cofre, explodiram o muro de uma loja de conveniência de um posto de combustíveis, que fica no terreno ao lado.
O grupo fez cinco pontos de bloqueios para facilitar a investida, de acordo com a PM e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU). Moradores registraram momentos de pânico.
O primeiro ocorreu na Ponte do Jiquiá, na Avenida José Rufino com a Rua São Miguel. Ainda na José Rufino, outro bloqueio só que no cruzamento com a Avenida Recife, onde deixaram um carro queimado pouco antes do Viaduto Ulisses Guimarães. Um ponto no viaduto e outro logo após ele. O último bloqueio foi formado na Avenida Recife próximo ao Conjunto Habitacional Ignêz Andreazza.
De acordo com a Polícia Civil, ao todo, foram queimados sete veículos nos bloqueios. Os bandidos abandonam, em cima do Viaduto Ulisses Guimarães, um dos veículos utilizados durante a investida criminosa.
Fonte: G1