Em momentos de incerteza em relação à economia e ao mercado, muitas pessoas buscam proteger a sua carteira de investimentos.

Uma forma de proteção é buscar ativos com baixa correlação entre si, para compor o portfólio.

A baixa correlação pressupõe que quando um ou mais ativos da carteira estiverem em queda, espera-se que outros estejam em ascendência – fazendo com que os movimentos se corrijam e que a carteira tenha perdas “controladas”.

Para investidores brasileiros, moedas fortes como o dólar e metais como o ouro podem servir a este propósito.

Ouro como Ativo

Além da correlação, o ouro também é considerado um dos ativos financeiros mais seguros da economia global, pois além de ser um ativo físico, também serve como lastro e reserva monetária de vários países.

Por isso, é considerado uma importante reserva de valor, especialmente quando se trata de resistência às crises.

Alguns investidores optam por investir diretamente uma parte do seu capital nesse tipo de proteção, mesmo que uma pequena parcela de seu patrimônio. Outros preferem ativos distintos e só contariam com o ouro em última opção.

Mas, independentemente da estratégia adotada, a resistência e rentabilidade em períodos de crise não deve ser desconsiderada.

Quais os Riscos ao Investir em Ouro?

Apesar de ser um porto seguro para momentos de incerteza, investir em ouro e especular pode trazer alguns riscos para o investidor.

Alguns riscos neste caso devem ser levados em consideração:

• Alta volatilidade;
• Períodos Sazonais;
• Fatores ambientais que interfiram na extração do metal;
• Políticas monetárias dos países ao redor do mundo;

Até mesmo os níveis de oferta e demanda do ativo em diversos países por parte dos investidores.

Como Investir em Ouro?

Para PFC (Pessoa Física Comum), quanto menos tempo dispendido no mercado financeiro, e foco na geração de recursos, melhor. Sigo reafirmando esta posição.

Para a maioria dos investidores, a melhor opção para ter o ativo ouro na carteira seria acessá-lo através de fundos de investimento.

Fundos de investimento em ouro

Esta é uma forma indireta de investir em ouro. Através de fundos, um gestor administra o portfólio de ativos, dentre eles o Ouro.

Essa é uma opção mais acessível e disponível nas corretoras de valores.

O fundo pode ser passivo, que compra o ouro e simplesmente sofre as variações no preço, ou ativo, que compra e vende ouro de acordo com o momento de mercado, buscando maiores rentabilidades.

Metal Físico

Esta é uma modalidade de investimento direto, que envolve mais riscos de perda de valor.

Para comprar o ativo diretamente, o processo é um pouco mais complexo: é preciso buscar uma instituição financeira que comercialize, se cadastrar e comprovar renda, na maioria dos casos.

Além disso, é preciso encontrar um banco custodiante para guardar seu ouro e pagar uma taxa de custódia mensal sobre o volume financeiro mantido, esta pode variar de 0,07% a 0,15%.

Outra opção é negociar diretamente com uma distribuidora e manter a custódia em casa.

Geralmente, essas distribuidoras cobram uma taxa de 1% sobre o valor negociado. Também é preciso cuidar para a guarda adequada e segura do metal.

Contratos Futuros

Investidores focados em curto e médio prazo podem optar por operar contratos futuros de ouro, algo não recomendável para a PFC.

Nessa modalidade, são negociados, através de instituições financeiras cadastradas na B3, contratos cheios (250 g) ou fracionários (de 0,225 g até 10 g).

É possível que, ao operar contratos futuros de ouro, o investidor obtenha maior liquidez. A operação se assemelha com outras operações de renda variável.

É recomendável que o investidor tenha uma estratégia pré definida e já tenha alguma experiência neste mercado antes de realizar este investimento.

Outras Formas

Também é possível adquirir ouro através do mercado informal e de joias.

Alguns vendedores informais comercializam o metal representando casas de negociação. As joias também podem ser consideradas para este fim. No entanto, envolvem manutenção.

Nos casos dos vendedores informais, é preciso estar atento à procedência e possíveis adulterações. Por isso, não é aconselhado optar por esta modalidade.

Quando Investir em Ouro?

O preço do ouro tende a subir em momentos de instabilidade a cair em momentos econômicos favoráveis, especialmente para ações.

Para investimentos de longo prazo e foco na proteção de capital, procure realizar a compra fora de momentos de crises econômicas.

No entanto, #KeepWalking.

Grande abraço,

Melissa Belmiro.