Sobrecarga de energia pode causar incêndios em residências e tragédias.

 Sobrecarga de energia pode causar incêndios em residências e tragédias.

Você já parou para pensar como estão os fios e cabos dentro das paredes de sua casa ou da sua empresa? Qual foi a última vez que fez uma revisão em suas instalações elétricas? Poucas pessoas têm este tipo de preocupação, mas o cuidado com a rede elétrica é fundamental para evitar grandes transtornos, como falta de energia, curtos-circuitos, incêndios em residências, comércios e outras estruturas.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2019, os eventos com choque elétrico lideraram o ranking de acidentes de origem elétrica no país, com 909 registros, sendo 697 fatais, seguidos pelo incêndios por sobrecarga, com 656 ocorrências e 74 mortes.

Dos 656 incêndios por sobrecarga, 320 foram em residências (casas + apartamentos + sítios/fazendas). Na sequência, vieram os incêndios em comércio com 178 ocorrências e panes em hospital, com 23 registros. Pernambuco foi o quarto estado do Nordeste com o maior número de incêndios por sobrecarga. Foram 26 ocorrências e três mortes.

De acordo com Ricardo Albuquerque, engenheiro e sócio da Attiva Engenharia, as instalações elétricas internas são as grandes responsáveis pelo crescente número de incêndios no Brasil. “A falta de cuidado, as gambiarras, o número de benjamins repletos de plugues conectados em uma única tomada, são apenas algumas das causas geradoras de incêndios”, enfatiza.

O número de incêndios por curto-circuito reflete a defasagem das instalações elétricas nas edificações. Estes eventos, na maioria das vezes, têm início pela sobrecarga em condutores que, ao terem ultrapassado seus limites de condução de corrente, aquecem e perdem a isolação, dando origem ao fogo.

Para Ricardo Albuquerque, é importante que as pessoas devem aproveitar o período de quarentena para fazer a revisão das instalações ou contratar profissionais especializados no assunto.

O ano de 2018 apontou mais do que o dobro de mortes ocasionadas por incêndios em decorrência de sobrecarga, quando comparado com 2017. 2019 continuou nesta escalada de crescimento e fechou com 74 mortes. Vale ressaltar que, dentre os registros apurados, estão as 10 mortes no CT do Flamengo, as 23 mortes no Hospital Bandim, no Rio de Janeiro e os três bombeiros mortos em incêndio em uma boate, no Centro do Rio.

robsonouropreto

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