Sudene, IBGE e CIAP promovem oficina sobre uso da inteligência artificial na formulação de políticas públicas Capacitação reúne gestores e pesquisadores para debater o uso de dados e IA na qualificação de decisões e implementação de políticas públicas no Nordeste.
Capacitação reúne gestores e pesquisadores para debater o uso de dados e IA na qualificação de decisões e implementação de políticas públicas no Nordeste.

Foto: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene)
O uso da inteligência artificial como ferramenta estratégica para qualificar processos decisórios nas gestões públicas é tema de oficina realizada pela Sudene em parceria com o IBGE e o Centro de Colaboração Interinstitucional de Inteligência Artificial Aplicada as Políticas Públicas (CIAP). A “Oficina Evidências, Informação Estatística e Políticas Públicas em Tempos de Inteligência Artificial” teve início hoje (6) e vai permitir que gestores públicos, pesquisadores e técnicos também façam análises mais precisas e ágeis das dinâmicas socioeconômicas da região Nordeste. O curso segue até o próximo dia 8.
A iniciativa nasceu da necessidade de modernizar os instrumentos de gestão pública, adaptando-as às novas tecnologias. A integração entre conhecimento estatístico, inteligência artificial e formulação de políticas públicas vai contribuir para “apontar o caminho daquilo que a gente precisa construir para melhorar a vida das pessoas, utilizando uma fonte de informações segura, que sirva para transformar dados em políticas públicas”, destacou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Segundo o gestor, a oficina é mais uma entrega concreta da parceria estratégica entre a Autarquia e o IBGE.
Na aula inaugural, Paulo Jannuzzi falou da importância de tornar os dados acessíveis, “ampliando a capacidade de gestão, sobretudo dos pequenos e médios municípios”. Foram abordados, nesse primeiro momento, conceitos básicos de políticas públicas; definição, tipos e operacionalização de políticas e programas, além de informações sobre o ciclo clássico de formulação e avaliação.
O conteúdo programático do curso abrange conceitos, tipos e instrumentos relacionados a políticas públicas; Estado de Bem-estar Social, incluindo histórico, tipos e o Sistema de Políticas Públicas no Brasil; Análise neoinstitucionalista de Políticas Públicas (contexto institucional, político e ideacional); Ciclo de Políticas: do modelo clássico ao modelo espiral de Implementação; Programas: componentes e o desenho de mapa de processos e resultados; valores públicos e critérios valorativos de programas; evidências e políticas públicas; fontes de informação, estudos avaliativos e estudos meta-avaliativos; planos de monitoramento e avaliação; Inteligência Artificial, Projeto IAPP, Assistentes disponíveis e o ChatPP.
As aulas estão sendo ministradas pelos professores Paulo Jannuzzi (ENCE) e Enrico Martignoni (CIAP/ENCE). Os alunos passarão por avaliações que incluem trabalhos em grupo voltados para análise do contexto institucional, político e ideacional; mapa de processo e resultados ou revisão meta-avaliativa. Estão participando da capacitação representantes da Fundaj, Etene, BNDES, Condepe Fidem, Casa Brasil IBGE Sudene e gestores da Bahia e do Espírito Santo. Além da qualificação profissional, a expectativa é que sejam construídas propostas concretas para aplicação imediata nos territórios nordestinos e que a troca de experiências enriqueça o debate, fortalecendo as redes de cooperação técnica.
Na busca por soluções customizadas que integrem conhecimento técnico especializado, ferramentas tecnológicas e intervenção planejada para enfrentar desafios, a Sudene vem desenvolvendo a Plataforma Data Nordeste, um repositório estratégico de informações regionais que permite o cruzamento de dados socioeconômicos, ambientais e territoriais para subsidiar políticas públicas mais precisas. “A combinação entre essa base de dados robusta e as metodologias de inteligência artificial discutidas na oficina cria um poderoso ecossistema analítico capaz de transformar informações em ações concretas para o desenvolvimento sustentável da Região”, segundo Ludmilla Calado, geógrafa da Sudene.