Após convenção que oficializou Dani Portela como candidata à Prefeitura do Recife, deputado Túlio Gadêlha aborda conflitos internos e questiona acolhimento da Rede no processo eleitoral.

Depois de a federação Rede-PSOL ter oficializado em convenção a candidatura de Dani Portela (PSOL) e Alice Gabino (Rede) para a Prefeitura do Recife, o deputado federal, Túlio Gadêlha (Rede), que protagonizou uma verdadeira batalha no partido para tentar ser o candidato escolhido, sendo até acusado de perseguição dentro da Rede até pelo próprio irmão, Ricardo Gadêlha, que se lançou candidato a vereador.

Na manhã desta segunda (22), o deputado federal convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o daqui para a frente. Havia a expectativa de que ele pudesse judicializar o caso, mas Túlio reconheceu a vitória interna da deputada e garantiu que está fora da disputa do Recife. Questionado sobre como será sua postura e se deve ou não apoiar a candidatura de Dani Portela, ele revelou novos entraves dentro da federação, que teriam acontecido na convenção dos candidatos ao Legislativo.

“O PSOL decidiu pela candidatura da companheira Dani e eu reconheço a importância dessa candidatura e as regras do jogo democrático, e por isso ela será a candidata da federação”, disse. “A minha postura vai depender da postura do PSOL, primeiro. O PSOL não acolheu os candidatos da Rede na convenção. Ontem, conversei com 11 pré-candidatos a vereador e os 11 pré-candidatos fizeram queixas de que não se sentiram acolhidos nesse processo de convenção do partido, eles imaginavam que fosse algo festivo, onde eles pudessem ser escutados e isso não aconteceu. Acho que se somos uma federação, por mais radical que seja o PSOL, tem que existir um acolhimento, um tratamento humano com todos os pré-candidatos”, completou Túlio.

O parlamentar ainda completou afirmando que não faz parte do governo Raquel Lyra e não era um dos pré-candidatos dela – como afirmou Dani Portela em entrevista ao Blog Cenário no primeiro semestre. Sobre a tucana, Túlio disse que o sentimento dele é de que Raquel não permanece no PSDB e a aposta é que vá para o PSD antes de disputar a reeleição em 2026.