No cenário político pernambucano, João Campos e Raquel Lyra têm sido figuras em lados opostos, alimentando rivalidades e disputas desde o início deste ano, quando Raquel assumiu o governo do estado. Além das diferenças políticas e da batalha pelo apoio partidário, as duas lideranças enfrentam uma acirrada disputa de narrativas em várias frentes.

João Campos, prefeito do Recife e possível candidato ao governo estadual em 2026, tem sido encorajado por seus aliados a manter-se na corrida política, o que tem gerado atritos nos bastidores sobre quem detém a razão e o protagonismo em Pernambuco.

Ambos são herdeiros políticos do ciclo vitorioso iniciado por Eduardo Campos e João Lyra Neto em 2006, e durante muitas eleições, marcharam lado a lado. No entanto, desde a saída de Raquel do PSB em 2016, quando disputou a prefeitura de Caruaru, a relação entre ela e membros de seu ex-partido azedou consideravelmente.

No entanto, ontem, um evento inesperado aconteceu: João e Raquel deixaram suas diferenças de lado para se juntarem ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, no anúncio de projetos federais destinados tanto ao estado de Pernambuco quanto à cidade do Recife. Pelo menos por um dia, a cordialidade entre a governadora e o prefeito foi evidente.

Embora não seja necessário que João e Raquel se tornem aliados ou amigos, o interesse de Pernambuco e do Recife exige que eles coloquem suas diferenças de lado em questões que afetam o estado e sua capital.