Com grande indignação e tristeza, a organização do Virada Transforma informa que, nesta quarta-feira, 13 de dezembro de 2024, recebeu o comunicado de indeferimento da solicitação de autorização para uso de solo por parte da Prefeitura do Recife. A decisão compromete profundamente a realização do Réveillon Pride 2025, um evento gratuito e cultural, planejado com dedicação pela comunidade LGBTQIA+.

Mesmo diante da exclusão dos artistas LGBTQIA+ do palco oficial do réveillon da cidade, houve uma mobilização voluntária dos artistas e organizadores para que o evento acontecesse sem custos para o município, utilizando exclusivamente recursos próprios. Desde então, a organização tem trabalhado intensamente, cumprindo todas as exigências e formalidades necessárias para garantir a viabilidade técnica e estrutural do projeto.

Uma reunião de alinhamento foi realizada no dia 06 de dezembro com os órgãos competentes da Prefeitura, integrando o planejamento geral do réveillon do Recife. Contudo, somente hoje veio a negativa oficial, comprometendo não apenas a logística e estrutura do evento, mas também causando sérios prejuízos emocionais e materiais aos artistas que, de forma solidária e gratuita, se dispuseram a se apresentar.

É importante destacar que o Virada Transforma não utiliza nenhum recurso público e não representa qualquer sobrecarga à estrutura do réveillon oficial. Trata-se de um encontro cultural de menor porte, cuja realização, além de fomentar a diversidade cultural, busca oferecer um espaço seguro e acolhedor para a comunidade LGBTQIA+, frequentemente marginalizada e invisibilizada.

Essa negativa, além de frustrar meses de planejamento, reforça um sentimento histórico de descaso e exclusão, comprometendo o direito de existência e celebração de uma comunidade que luta diariamente por espaços de respeito e segurança.

Diante dessa situação, apelamos à Prefeitura do Recife para que reavalie esta decisão com a urgência que o caso exige, reconhecendo a importância do Virada Transforma não apenas como um evento cultural, mas como uma expressão legítima de luta, inclusão e celebração da diversidade.