Amaury Lorenzo retorna ao Recife com o monólogo “A Luta” no Teatro do Parque Espetáculo baseado em "Os Sertões", de Euclides da Cunha, acontece no dia 13 de abril e conta com acessibilidade em Libras.
Espetáculo baseado em "Os Sertões", de Euclides da Cunha, acontece no dia 13 de abril e conta com acessibilidade em Libras.

Foto: Nando Machado
O monólogo teatral é baseado na terceira parte do livro Os sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), que transforma o ator Amaury Lorenzo em um rapsodo que conta, em uma longa prosa épica, as batalhas ocorridas em Canudos, em 1896, entre os homens e mulheres chefiados por Antônio Conselheiro e as forças militares da República, recém- proclamada no Brasil (1889). Lorenzo foi indicado aos prêmios Cesgranrio e Fita de Melhor Ator pelo trabalho, e atualmente também se destaca como o personagem Chico, da novela “Volta por cima”.
“O trabalho de ator de Amaury Lorenzo é impressionante neste espetáculo. A narração perfeita e até a sonoplastia é feita por ele, com sua voz e expressões corporais intensas. O público fica extasiado e é uma verdadeira aula de teatro.” diz o produtor local Roberto Costa, que pela segunda vez, traz Amaury ao Recife.
Os rapsodos cantavam a Ilíada e a Odisseia, de Homero, mantendo essas longas epopeias vivas pela fala e a memória, antes de poderem ser escritas. Da mesma maneira, podemos imaginar a Guerra de Canudos, segundo a visão de Euclides da Cunha, sendo narrada por um “contador de história” diante de uma plateia. Um só ator, usando a fala e o corpo, conta as sucessivas investidas do exército brasileiro contra o arraial e a reação de seus habitantes.
“Este texto fala da construção da identidade brasileira. O que me impressiona na obra do Euclides da Cunha é a riqueza de detalhes. É como se você sentisse o cheiro daquela guerra, você sentisse o cheiro daquelas pessoas. E nossa adaptação tem o objetivo de levar essa narrativa poderosa a mais gente. Muitos vão ao teatro porque me conhecem da televisão,mas acabam tendo uma aula de história, e se emocionam. Quando a gente entende de onde veio, tem mais possibilidades de construir um futuro melhor”, analisa Amaury Lorenzo.
Nessa terceira e última parte de Os Sertões, Euclides criou uma simbologia poderosa, abandonando a linguagem acadêmica para traduzir jornalisticamente uma guerra de ideias: a luta entre as forças republicanas, que traziam a modernidade, contra o obscurantismo religioso, que alicerçava a monarquia; os brasileiros do litoral contra os do interior; as elites contra o povo; a fé contra a razão… para concluirmos que os dois lados acabaram se unindo pela intolerância e a violência.
“O espetáculo “A Luta” retrata um momento em que duas narrativas que sempre permearam nossa história entraram em conflito: o obscurantismo religioso e a prepotência militarista. É uma guerra arquetípica, mitológica, portanto, será sempre atual para entender a formação do Brasil. É uma peça para nos questionar enquanto sociedade. O retumbante fracasso dos dois lados, a violência sem sentido de ambas as partes, é o resultado da nossa triste ignorância, que infelizmente perdura”, descreve a diretora Rose Abdallah.
Com direção de Rose Abdallah e texto de Ivan Jaf, o monólogo é baseado na terceira parte do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha. Por este trabalho, Amaury Lorenzo foi indicado aos prêmios Cesgranrio e Fita de Melhor Ator.
Crédito das fotos: Nando Machado
Assessoria de Imprensa: Alberto Leonardo Feitoza
Produção local: Roberto Costa Produções
SERVIÇO | A LUTA
Data: 13 de Abril – Domingo
Horário: 19h
Local: Teatro do Parque
Sessão com acessibilidade em libras
Ingressos Antecipados no site SYMPLA – https://bileto.sympla.com.br/event/103429/d/304429
Ou na bilheteria do Teatro (com 1 hora de antecedencia do espetáculo)
Valores: PLATEIA I R$150,00 (Inteira) e R$75,00 (Meia-entrada) PLATEIA II R$130,00 (Inteira) e R$65,00 (Meia-entrada) CAMAROTE R$120,00 (Inteira) e R$60,00 (Meia-entrada) INGRESSO SOCIAL R$100,00 + 1kg de alimento não-perecível
Maiores informações: (81) 9. 8463-8388