Numa clara tentativa de interferir no processo eleitoral para a 9ª edição do Parlamento Jovem DO RECIFE (PJR), a vereadora Professora Ana Lúcia (PRB) pediu vistas de um requerimento que reservava o Plenarinho da Casa de José Mariano. Isso acontece após o presidente da Câmara dos Vereadores do Recife, Eduardo Marques, colocar na pauta de votação um tipo de requerimento nunca antes visto, a reserva do espaço.

Essas atitudes demonstram o desprezo que vereadores do Recife destinam à juventude. Infelizmente, isso não é algo novo. Por anos o PRB presidiu o PJR, mas em 2015, o filho da vereadora (que ainda era parlamentar) perdeu a disputa, mas numa articulação, à moda Eduardo Cunha, derrubou os eleitos, anulou a eleição e venceu a ilegítima votação. Depois de uma pífia gestão, o PRB perdeu espaço e desde então tenta desestabilizar o PJR.

Coisas assim têm afastado cada vez mais os jovens da política. Portanto, não é de se espantar que o PRB, um partido fisiologista do Centrão, queira ver os jovens que querem mudar a situação da política comandada por bispos aliados de Bolsonaro, um declarado inimigo da juventude.

É preciso respeitar os jovens. Os vereadores não podem deixar que, por um grupo político de uma parlamentar não ter feito o dever de casa no PJR e se articular com o povo, saindo dos gabinetes, haja interferência nesse processo. O desejo de quem age assim é só um: segregar a juventude para não ver a política oxigenada.