“Surrupiaram a minha liberdade de criticar” afirma Clarissa Tércio

Foto: Roberto Soares
A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) foi na tarde desta segunda (17), à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), criticar a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, votada e aprovada, torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, causou revolta entre religiosos e congressistas que afirmam que terão a sua liberdade religiosa e de expressão reprimida.
Votado na última quinta-feira (13), após três meses de debates e duas suspensões, o STF decidiu que a homofobia passará a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89). O racismo é um crime inafiançável e imprescritível que pode ser punido com um a cinco anos de prisão e, em alguns casos, multa.
Em tom de indignação, a parlamentar do Partido Social Cristão, indagou “Por que privilegiar um grupo se todos são iguais perante a lei?” e afirmou que “surrupiaram a minha liberdade de criticar”. Clarissa encerrou seu discurso deixando um recado ao STF, “em nome da comunidade evangélica, deixo um recado ao Supremo Tribunal: podem construir mais presídios, porque os pregadores da palavra continuarão defendendo a verdade, doa a quem doer”.
Logo em seguida, o deputado Doriel Barros (PT) argumentou que “o STF está correto. Quem cometer crime de homofobia terá que pagar por ele”.
Por: Douglas Hacknen – Recife