Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Centro do Recife, reabre após cinco anos fechada

Igreja de São pedro dos Clérigos, no Recife, passou por reformas nas áreas de som e iluminação
Estrutura passou por limpeza e recuperação do telhado, das paredes e das estruturas elétrica e hidráulica. Som e iluminação da concatedral de Olinda e Recife também passaram por ajustes.
A Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Centro do Recife, foi reinaugurada na noite desta ultima quarta-feira (27). Horas antes, a manhã foi dedicada à limpeza e aos cuidados com a decoração. Flores, tapetes, cadeiras e ventiladores foram arrumados no espaço para receber cerca de 600 convidados, após cinco anos de portas fechadas e reformas e de R$ 3 milhões, investidos na recuperação do telhado, das paredes e das estruturas elétrica e hidráulica.
No centro do altar da igreja, concatedral de Olinda e Recife, a imagem de São Pedro ganhou um novo brilho e teve o cajado restaurado. Além de profissionais como eletricistas, o trabalho também contou com voluntários, como o sacristão Alex David, que fez questão de ajudar na recuperação da igreja.
“Muitos se disponibilizaram a colaborar com a gente para organizar as outras áreas da igreja. Com toda a sua beleza, ela volta a prestar um serviço à comunidade católica. Estamos ganhando um novo presente”, afirma o sacristão.
Segundo o gerente geral das irmandades, Hugo Daniel Santos, a equipe que atuou na restauração da igreja teve desafios para recuperar o local. “Tivemos dificuldades porque estava tudo muito sujo, muito desorganizado. Tivemos que contratar empresas específicas para cuidar da limpeza, da iluminação e do som, porque por ser uma concatedral, tivemos que fazer uma estrutura de som muito boa”, conta.
Depois da festa de inauguração, na noite de ontem (27), o desafio vai continuar, mas, dessa vez, para conseguir dinheiro para restaurar a parte artística da igreja. O projeto prevê o douramento dos entalhes em madeira, a restauração das imagens e das pinturas, mas a prataria e os objetos usados nas missas estão como novos.
Até mesmo a música barroca, que ecoa na igreja, traz o passado de volta. “É um prazer trazer e prestigiar o barroco pernambucano de mais de um século. O patrimônio das igrejas barrocas aqui em patrimônio já é um esplendor. Reabrir esses patrimônios é maravilhoso”, comenta o violinista Carlos Santos.
Edição:Robson Ouro Preto