Conceitualmente, o Tag Along é uma proteção legal repassada aos acionistas minoritários, em operações que resultem na venda do controle de uma empresa.

Ou seja, trata-se de um mecanismo que entrega mais segurança ao investidor no momento em que a companhia é vendida, permitindo que deixe a sociedade caso o controle da empresa passe para um novo investidor.

Conforme artigo 254-A da Lei das S/A, sempre que o controle da empresa for vendido, o novo controlador deverá oferecer aos minoritários ON (ações ordinárias), pelo menos, 80% do valor pago para comprar as ações do bloco de controle.

Em um exemplo prático: se as ações oferecerem um tag along de 80%, significa que se a empresa for vendida o investidor receberá 80% do valor pago por ação ao controlador.

Apesar da obrigatoriedade para ações ordinárias, não há obrigatoriedade de Tag Along para ações preferenciais. No entanto, algumas empresas oferecem esse benefício de forma diferenciada aos seus acionistas.

Para as ações preferenciais que não possuem tag along, o novo controlador não tem obrigatoriedade de fazer uma oferta pública para compra destas ações.  Ou seja, em diversos casos, é oferecido a esses acionistas um preço abaixo do valor pago na compra de ações ordinárias.

Empresas que oferecem Tag Along diferenciado, acima do mínimo exigido, compõem o ITAG. (Índice disponível pela B3).

Na B3, os segmentos de listagem influenciam diretamente o percentual de Tag Along oferecido pelas Companhias.

Requisitos em relação aos segmentos:

• Tradicional: 80% para ON;
• Bovespa Mais :100% ON (PN não são permitidas);
• Nível I :80% para ON;
• Nível II :100% para ON e PN;
• Novo Mercado :100% para ON;
• Bovespa Mais Nível 2 :100% ON e PN.

Consulte os segmentos da empresa que está analisando no site da BM&F BOVESPA.

Espero que este texto te auxilie a apurar suas análises com foco em proteção.

Vamos que vamos!

Melissa Belmiro.

Consultora Financeira Empreender Dinheiro.