Anne With an E – 3º temporada | Crítica
A série Anne With an E é uma adaptação do clássico livro Anne de Green Gables (escrito por L. M. Montgomery em 1908), e lançada em 2017 pela Netflix e CBC Television. Confira o trailer:
A trama se passa no século 19, na Ilha do Príncipe Eduardo – Canadá e apesar de retratar uma sociedade antiga, foge dos padrões em séries de “época” ao abordar assuntos muito discutidos atualmente, como a concepção de família, bullying, preconceito e feminismo. Mas nessa terceira temporada, Anne with an E consegue concluir-se, ao menos na maior parte, de maneira satisfatória e construtiva, colocando um fim de jornada da protagonista.
A série demonstra total capacidade de retratar o período de sua história com exatidão, mas que também procura, intencionalmente, conduzir este cenário para uma conversa cujos argumentos são embasados em nossa visão de um mundo atual.
Primeiramente, é preciso dar um panorama geral da série e falar sobre como ela debate a concepção de família. A história da órfã que vai parar em Green Gables por engano e acaba conquistando os corações de Matthew (R.H. Thompson) e Marilla (Geraldine James), dois irmãos idosos que procuravam um menino para ajudar nas atividades da fazenda e acabam a recebendo por engano uma menina, porém se encantam com a doçura e imaginação da garota e decidem adotá-la. Todos sabíamos que, se a série chegasse ao fim, seria com a partida de Anne (Amybeth McNulty) para algum lugar, caminho inevitável desde a primeira temporada.
A 3ª temporada vem trazendo em seu inicio bastante polêmica com chegada de uma tribo indígena que apavora os moradores. É claro que Ka’kwet (Kiawenti:io Tarbell), uma das meninas da tribo, se torna uma marcante amiga para a protagonista. A crueldade com os índios e sua acusada inferioridade, se estabelecem na temporada de modo surpreendente.
Mas além destas discussões, a nova temporada também retoma o arco pessoal da protagonista agora, a personagem busca informações sobre seus pais biológicos, o que compõe uma trajetória de amadurecimento construtiva para uma protagonista que se considera tão peculiar perto de seus colegas. No terceiro ano, Anne está no último da escola, tem escrito para um jornal local, como deixa aflorar o amor por Gilbert (Lucas Jade Zumann). Na roda da narrativa estão histórias surpreendentes sobre liberdade de expressão e direitos femininos.
Anne With an E entrega a sua melhor temporada. Entretanto, alguns assuntos ficaram pendentes, e é por isso que ela não deveria terminar agora. Mas Infelizmente, a série não deve retornar para uma nova fase da vida Anne e suas aventuras. As três temporadas de Anne with an E formam uma experiência inteiramente positiva para um público, bem como encontra-se no catálogo da Netflix.
Confira outras críticas do streaming:
Com 10 episódios, Anne With an E chegou a Netflix no dia 03 de janeiro.
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