– Mudamos a forma de jogar. Tivemos que mudar. Quando não se tem as peças, não tem como insistir. O pessoal estava sentindo um pouco a questão de propor o jogo. Estávamos errando muitos passes e isso nos atrapalhava. É difícil construir diante de um adversário fechado. É isso que estávamos fazendo. Então, nós deixamos de ficar o tempo todo no campo do adversário e adotamos uma nova estratégia. Mostramos uma evolução grande e acredito que vamos evoluir ainda mais.

Embora reconheça que precisou alterar a forma de jogar, Júnior Rocha fez questão de afirmar que a mudança não derivou do receio de perder o cargo. De acordo com o treinador, o plano atual condiz com o que ele mesmo tinha sugerido antes do início da temporada.

– Se tivesse medo não viria. Se um dia optarem por mudança vai deles (diretoria). Não vou me omitir nunca. Futebol é assim. O Tite já foi mandado embora. Nunca vou mudar minha forma de pensar e meus conceitos por medo. Essa forma de jogar foi debatida com os atletas. Apresentei os planos de jogo e eles falaram que se adaptavam mais ao que estávamos jogando. Porém, chegou uma hora que não estava mais funcionando e tive que intervir. É aí que o treinador precisa enxergar e tentar mudar. Mudamos e acredito que isso nos permitirá crescer mais.

Apesar da felicidade por vencer na temporada, Júnior Rocha voltou a pedir paciência com o elenco e ressaltou que o clube passa por um processo de reformulação.

– Nós estamos saindo praticamente do zero. Esses jogadores não têm culpa pelo que aconteceu no passado. Temos que reconstruir do zero e precisa ter paciência, mesmo. Estamos trabalhando muito para melhorar e vamos melhorar.