Concurso “Comida di Buteco” é homenageado pela Câmara do Recife

 Concurso “Comida di Buteco” é homenageado pela Câmara do Recife

Foi para homenagear donos de bares e botecos que participaram do concurso “Comida di Buteco” que a Câmara do Recife realizou uma solenidade nesta segunda-feira (4). Proposto pelo vereador Almir Fernando (PCdoB), o evento contou com a presidência da vereadora Ana Lúcia (Republicanos) e prestou homenagem a proprietários desses estabelecimentos tão característicos da cidade, que resistem às dificuldades impostas pela pandemia, cativando clientes com seus pratos peculiares e deliciosos.

Também estiveram compondo a mesa a criadora e idealizadora concurso, Maria Eulália; a diretora de jornalismo da Globo Nordeste, Jô Mazzarolo; o empresário e campeão da última edição do “Comida di Buteco”, Rafael Sérgio Lopes, representando todos os botecos; e o advogado previdenciarista, Ney Araújo.

Autor da proposição, o vereador Almir Fernando (PCdoB) relembrou que o concurso foi criado por Maria Eulália no início nos anos 2000, há 22 anos. “No primeiro concurso, apenas 10 botecos participaram, em Belo Horizonte. O concurso foi crescendo e chegou ao Recife em 2015. Consolidou-se como um concurso nacional em 2016 e, agora em 2022, com tema livre, o concurso vem com força total, completando 10 anos em São Paulo e 15 anos no Rio de Janeiro”, destacou o parlamentar.

“Não é só pela competição de qual é o melhor boteco, mas pelo fortalecimento e surgimento de oportunidades que o concurso traz e aumenta a economia local. Por essas e outras razões que a Casa de José Mariano faz essa justa homenagem aos trabalhadores do entretenimento gastronômico da cidade do Recife. E eu, em particular, apresentei um projeto de lei Ordinária para o “Comida di Buteco” fazer parte do nosso calendário oficial de eventos do Recife a partir de abril do próximo ano. A gente espera voltar aqui para, junto com vocês, comemorar essa nova lei”, contou.

O empresário e campeão da última edição do concurso, Rafael Sérgio Lopes, leu um cordel de sua autoria chamado Minhas Raízes’. “É um momento histórico para todos nós. Gostaria de agradecer a cada um de vocês com uma forma muito simples, recitando um pouco o cordel que fiz para o concurso do ano passado, chamado Minhas Raízes, que traduz um pouco do momento de superação em meio à pandemia que tivemos que passar. Com dificuldades financeiras, perdemos muitas pessoas, outros bares fecharam”. Ele recitou os versos: “Somos filhos da poeira, do mato, e da capoeira, da terra e do Sertão. Somos filhos da pobreza, da dúvida, da incerteza, e do solo deste chão (…)”.

Por sua vez, a idealizadora do concurso, Maria Eulália, resumiu o momento em três palavras: reconhecimento, trabalho e amor. “O reconhecimento do nosso trabalho é muito importante, não é só por protocolo, é que a gente todos os dias abre a porta do nosso boteco para que outros possam ficar sempre abertos e vibrantes. A gente trabalha para descobrir histórias de vida, de talento, através desses comércios familiares”, afirmou. “Se tem uma coisa comum aqui a todos nós é o tanto que a gente trabalha e o tanto que a gente faz o que ama. E a terceira palavra é o amor, a gente sabe que cada um ama muito o que faz e o “Comida di Buteco” é uma soma de muitos corações, muitas histórias e pessoas”, ressaltou.

A presidente da solenidade, vereadora Ana Lúcia (Republicanos), disse estar imensamente feliz pelo reconhecimento feito aos bares e botecos do Recife. “Esta Casa abrindo as portas para essa cadeia produtiva que tem tanto significado, vendo rostos emocionados com lágrimas, certamente traduzindo a luta difícil que foi esses dois últimos anos nesse período de pandemia, principalmente para quem está no comércio, fazendo do seu pequeno empreendimento, sobrevivência”. Ao final da solenidade, o poeta e forrozeiro Roberto Lins cantou o hino da cidade do Recife.

robsonouropreto

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