Desavenças entre aliados desafiam coalizão de 13 siglas formada por Lula

 Desavenças entre aliados desafiam coalizão de 13 siglas formada por Lula

Foto: Reprodução

A formação de uma coalizão robusta composta por 13 partidos políticos, liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem enfrentado consideráveis desafios em nove estados do país. O intricado mosaico partidário na base governista tem obrigado Lula a lidar com divergências regionais entre aliados, ameaçando a estabilidade política e aumentando a pressão para tomadas de posição em conflitos locais.

As contendas, que se intensificam com as articulações para as eleições municipais de 2024, envolvem desde a rivalidade entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), até desavenças entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e a bancada petista de Minas Gerais. Estas disputas regionais têm gerado desconforto entre importantes figuras, como o líder do governo Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e seu colega Davi Alcolumbre (União-AP).

O cenário mais recente de tensão surgiu no contexto das discussões sobre a criação da CPI da Braskem, colocando em lados opostos aliados de Lula, Renan Calheiros e Arthur Lira, ambos de grupos políticos rivais em Alagoas. O desentendimento atingiu seu ápice quando Renan propôs a investigação parlamentar, encontrando resistência de Lira, que busca inviabilizar o colegiado. Mesmo com esforços governistas para barrar a comissão, Renan conseguiu avançar, indicando que o embate pode se aprofundar nos próximos dias.

Em diferentes estados, como Sergipe, Ceará, Amapá e Maranhão, a temperatura política aumenta, revelando desentendimentos e rivalidades entre integrantes da base governista. A proximidade de importantes figuras do governo, como Lula e Rodrigo Pacheco, também gera atritos, como no caso de Minas Gerais, onde o presidente é criticado por dar destaque ao líder do Senado, preterindo lideranças petistas locais.

A dinâmica política envolvendo aliados de Lula se estende a diversos territórios, com desafios também em Pernambuco, Tocantins e Bahia. As eleições de 2026, apesar de distantes, já se apresentam como um potencial campo de desgaste para a coalizão governista. Essas tensões podem impactar não apenas a estabilidade política atual, mas também moldar o cenário político nos próximos anos, exigindo habilidade estratégica do ex-presidente para manter a coesão de sua base aliada.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

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