Governistas adiam votação do PL das escolas militares para 2024 na Câmara
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Foto: Reprodução
A tramitação do projeto de lei que propõe a retomada das escolas cívico-militares, uma das prioridades da direita, sofre um adiamento estratégico na Câmara dos Deputados. Mesmo com a criação de uma frente parlamentar dedicada ao tema, os governistas conseguiram jogar a votação para 2024, postergando a análise da proposta que tramita de forma conclusiva nas comissões da Casa.
A obstrução governista se tornou evidente durante a discussão na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden), onde o projeto chegou a entrar na pauta, mas não foi votado. A coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, reporta que as manobras impediram a apreciação do projeto, que só teria uma última oportunidade de votação antes do recesso, na próxima quarta-feira (13), quando o colegiado se reúne para ouvir o chanceler Mauro Vieira sobre temas da agenda internacional.
Além da Creden, o projeto ainda precisa passar por votações em outras três comissões: Educação; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça (CCJ). Caso obtenha aprovação em todas elas, o PL seguirá diretamente para o Senado Federal.
A ofensiva bolsonarista no Senado, liderada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), busca pressionar o governo Lula a restabelecer o programa das escolas cívico-militares, recentemente extinto pelo Ministério da Educação. O senador protocolou um projeto de lei para incluir as escolas cívico-militares entre as diretrizes e bases da educação nacional, intensificando o debate sobre o tema na esfera legislativa.