Dois Irmãos: Uma jornada fantástica | Crítica

Dois Irmãos: Uma jornada fantástica/Pixar/Disney – Reprodução
O segredo está nos detalhes!
A Pixar lançará no dia 5 de março mais uma de suas boas produções, e quando falamos desse estúdio, é quase impossível não associá-lo a sucesso, a qualidade, a alta capacidade inventiva e por que não, ao existencialismo tão inerente ao homem, e tudo isso, presente em suas animações, em ‘desenhos’, e com Dois Irmãos: Uma jornada fantástica isso não diferente – Mais um GRANDE acerto da Disney. E de maneira alegórica, o longa encanta, diverte, emociona e dialoga com todas as faixas etárias, mesmo não apresentando algo novo. Confira prévia:
Tudo bem que a magia nesse mundo foi lançada no abismo após o advento da tecnologia, mas trate toda a animação como arquétipo ao nosso realístico universo. Dois Irmãos: Uma jornada fantástica apresenta, de maneira despretensiosa, respostas as muitas das perguntas feitas pela a humanidade. Não trace diretrizes, ou preconceitos sobre o longa, apenas baseado no colorido. Afinal, o segredo de toda boa produção está nos detalhes. Desde o cuidado com a dublagem, a mixagem e edição do som – refletidos num simples abrir e fechar das portas, ou num trânsito caótico – à um roteiro redondinho, e nisso, o filme foi bem.
Os irmãos dessa história, Ian (Tom Holland) e Barley (Chris Pratt) Lightfoot possuem uma boa relação, na realidade, toda a família é coesa, mesmo com suas diferenças. Mas, a perda do pai ainda na juventude acabou interferindo na vida deles, lógico que de maneira não igualitária, afinal, eles possuíam lembranças distintas do patriarca.

E na data de seu aniversário, Ian – um adolescente elfo deslocado – recebe de sua mãe (Julia Louis-Dreyfus) – que é uma verdadeira guerreira, como apresentado no longa – um belo presente: um cetro mágico que deveria ser compartilhado com irmão após ambos serem de maiores. Barley, por sua vez, é um historiador, ativista político e conhecedor na arte de conjurar feitiços, e ver nesse presente a possibilidade de trazer o pai de volta, ao menos por um dia inteiro. Ambos desejam isso, mas sob a perspectiva de Ian, é a realização de conhecer um homem que tanto ama, apenas por ouvir falar. Mas, o truque não dá certo, não no todo, e apenas possuindo a metade do pai, ambos saem numa jornada fantástica, na intensão de encontrar uma nova pedra mágica, e passar o restante do dia com pai perdido.
O filme apresenta uma boa perspectiva e uma ótima linguagem dentro de uma multidiversidade impressionante. As premissas levantas em Dois Irmãos: Uma jornada fantástica foram respondidas, e isso ficou claro na precisão de cada elemento, instrumento e discurso proposto. O diretor Dan Scanlon (Universidade Monstros) foi cirúrgico – perceptível nos detalhes presentes quadro-a-quadro – Dan foi minimalista. Entretanto, a crítica fica para dois pontos: A evolução da animação, que apenas encontrou fôlego do meio para o final, com algumas cenas arrastadas, os roteiristas Scanlon, Jason Headley e Keith Bunin ficaram muito perto de entregar um filme perfeito nesse quesito; e a relação afetiva entre irmãos como esteio da trama, afinal, a ideia não é nova, e presente numa franquia super recente, Frozen da mesma Disney.
Bem construído, de ótimos contornos, com uma história legal, emocionante, num tom agradável e alívios cômicos no ‘time’ ideal – sim, alívios cômicos, afinal a Pixar é expert em fazer animações dramáticas e para todas as idades –, Dois Irmãos: Uma jornada fantástica é uma deliciosa aventura alegórica, que faz bem aos olhos e ao coração, além de um bom programa para toda família.
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A estreia de Dois Irmãos: Uma jornada fantástica está programada para o dia 5 de março.