Dona Menininha do Alfenim recebe Título de Notório Saber em Cultura Popular pela Universidade de Pernambuco

 Dona Menininha do Alfenim recebe Título de Notório Saber em Cultura Popular pela Universidade de Pernambuco

Foto: Adriano Monteiro – Decom/PMA

A doçaria popular do Estado de Pernambuco agora tem uma representante com título honorífico. Maria Belarmina, popular “Dona Menininha do Alfenim”, doceira do município de Agrestina, no Agreste, recebeu ontem (12) o Título de Notório Saber em Cultura Popular, concedido pela Universidade de Pernambuco (UPE). Menininha do Alfenim, que também é Patrimônio Vivo de Pernambuco, foi a única representante do Estado a receber o título na categoria doçaria.

A solenidade de outorga dos títulos foi realizada no Auditório da Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP), com transmissão ao vivo pelo youtube da UPE. A cerimônia foi conduzida pelo pró reitor de Extensão e Cultura, Dr° Luís Alberto Rodrigues, representando o magnífico reitor da UPE, Dr° Pedro Henrique de Barros Falcão, pelo coordenador de Patrimônio Imaterial da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Marcelo Renan, representando o presidente da fundação, Marcelo Canuto, e pela coordenadora do Núcleo de Diversidades e Identidades Sociais da UPE, Dra° Maria Lana. Esses foram os primeiros títulos de Notório Saber em Cultura Popular concedidos pela instituição, que celebra 30 anos de fundação.

Vinte e cinco mestres, de áreas diversas de expressão artística, como artesanato, dança, poesia, teatro, luta corporal, doçaria, saúde popular e educação, receberam o título honorífico. O título honorífico é um título de honra concedido por uma universidade de prestígio a uma personalidade de grande destaque ou importância por seu trabalho. Dona Menininha do Alfenim, de 94 anos, representada pelo seu filho, Cazuza do Alfenim, recebeu o reconhecimento acadêmico ao lado de grandes nomes da cultura pernambucana, como Maestro Duda, a artista circense, Índia Morena, o mestre do reisado e cordelista, Gonzaga de Garanhuns, e a rainha da ciranda brasileira, Lia de Itamaracá. “Eu estou muito feliz por esse prêmio”, agradeceu a mestra doceira durante a cerimônia, por meio de participação virtual. A conexão e logística para o evento foi disponibilizada pela Prefeitura de Agrestina, que esteve presente a homenagem, através do secretário de Cultura e Turismo, Josenildo Santos e equipe.

Sobre o título:
Criado pela resolução N° 023 de 2019, do Conselho Universitário da Universidade de Pernambuco (CONSU), o título é concedido à pessoas detentoras ou não de títulos acadêmicos, desde que tenha comprovada uma destacada experiência em produção em pelo menos uma das linguagens da arte e da cultura, e que visibilizam o saber do povo ao preservar suas tradições e manifestações. O edital de inscrição aos títulos, concedido pela universidade, foi lançado em fevereiro de 2020 pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec/UPE), que recebeu inscrições individuais e também inscrições realizadas pela Fundarpe. As categorias foram definidas segundo os critérios da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural e Imaterial da Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura (Unesco). Os nomes foram selecionados pela Proec em abril de 2021, após avaliação da documentação exigida, incluindo histórico e memorial de vida e reconhecimento.

De acordo com o magnífico reitor da Universidade de Pernambuco, Dr° Pedro Henrique de Barros Falcão, este foi mais um passo importante para a academia, para os personagens da cultura pernambucana e para a sociedade. “A concessão do título de Notório Saber aos 25 mestres cumpre com a valorização da história dos produtores de cultura nas diferentes regiões do estado, e a salvaguarda dessas expressões culturais. Dessa forma, institucionalizamos a possibilidade de trocas entre os saberes da cultura popular com a universidade e fomentamos o desenvolvimento de pesquisas,” disse.

Redação

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