Fevereiro Laranja: mês de conscientização sobre a leucemia

 Fevereiro Laranja: mês de conscientização sobre a leucemia

No mês de fevereiro é realizado o Fevereiro Laranja, campanha criada para conscientização a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate a leucemia, um tipo de câncer do sangue e, consequentemente, frisa a importância da doação de medula óssea.

Atualmente, essa doença ocupa a nona posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que, para cada ano do triênio 2020-2022, serão diagnosticados, no Brasil, mais de 10 mil casos novos de leucemia, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres.

Referência nacional em tratamento oncológico, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) entra na campanha e, durante todo o mês de fevereiro disponibilizará informações sobre a doença nas redes sociais da instituição (@sigahcp) – instagram e facebook. A doença afeta os glóbulos brancos do sangue, conhecidos como leucócitos, ocasionando a produção de células doentes na medula óssea, o que, consequentemente, prejudica a imunidade do paciente, acarretando em possíveis infecções. A leucemia pode ser classificada como aguda ou crônica, dependendo da velocidade de agravamento. O tipo mais comum é a aguda, onde as células sanguíneas jovens não conseguem amadurecer para realizar suas funções, multiplicando-se rapidamente.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam as chances de cura, e, com isso, os especialistas alertam para sintomas.

“Os sintomas apresentam-se de formas variadas, como fadiga excessiva, febre, sangramentos, infecções, aparecimento de hematomas, suores noturnos, inchaço no pescoço e dores nas articulações. Identificando um ou mais sintomas, o paciente deve procurar um clínico geral ou pediatra (no caso das crianças), que através de exames específicos poderá identificar as alterações e, assim, indicar o paciente para tratamento junto ao hematologista”, destaca a coordenadora do serviço de hematologia do HCP, Reijane Assis.

O médico hematologista é responsável pelo diagnóstico e tratamento de alterações e doenças do sangue e de órgãos, como a medula óssea, linfonodos (os gânglios linfáticos, espalhados pelo nosso corpo) e baço.

A leucemia não é uma doença hereditária ou transmissível. Sua causa ainda não está definida, mas, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença.

“Alimentação balanceada e de qualidade, além de uma vida ativa, sem vícios e com atividades físicas podem diminuir as chances do surgimento da doença”, acrescenta Reijane.

O tratamento para o câncer do sangue é realizado, principalmente, através da quimioterapia, com o objetivo de anular as células cancerígenas e retomar a produção das células sadias, ou em alguns casos, em situações de alto risco é indicado o transplante de medula óssea.

DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento para doenças que afetam as células do sangue, como os linfomas e as leucemias. É baseado na modificação de uma célula doente, ou com alguma deficiente, por uma célula normal da medula, com o objetivo da reconstrução de uma nova medula saudável.

Pode ser doador qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde. Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue para testes de histocompatibilidade (HLA). Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e só depois de avaliada sua condição atual de saúde e confirmada a compatibilidade, ele estará apto para realizar a doação.

É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros localizados em todos os estados do país. Em Pernambuco, além da Fundação Hemope (0800 0811 535) o Hemocentro Coordenador Recife – secretaria do doador (81)–3182-4651, 3182 4648 também faz a coleta. É indispensável levar um documento original com foto, ter o conhecimento do número do CPF e levar o CNS (Cartão Nacional de Saúde), se possuir.

Redação

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