Homem apontado como assassino de Beatriz diz que atacou menina após ela gritar

O homem suspeito de ter matado a facadas a menina Beatriz Angélica, numa escola particular em Petrolina, em 2015, disse em depoimento que o assassinato não foi premeditado e que só atacou a garota depois que ela começou a gritar, para silenciá-la.
O depoimento foi dado a dois delegados da força-tarefa responsável pela investigação do caso, logo depois de o DNA contido na arma do crime apontar que ele seria o assassino.
Imagens de câmeras de segurança mostram Marcelo, no dia do crime, em frente ao colégio onde Beatriz estava. Inicialmente, ele negou aos policiais que era a pessoa nas imagens, mas depois admitiu e relatou que tentou roubar uma moto e que estava sem dinheiro para voltar para casa.
“Aquela mexida na moto… Eu não sei se é o instinto de ladrão ou era a vontade de ir para casa. Se aquela moto pegasse, eu iria para casa. Se ela pegasse, tinha evitado essa tragédia aí”, declarou.
Ele relatou, ainda, não saber ao certo onde conseguiu a faca e que não sabia estar entrando em uma escola.
“Eu pensei que estava entrando numa igreja. Aí , quando eu fui entrar, eu fui barrado por alguém que eu acho que viu meu estado de embriaguez”, disse.
Depois de ser barrado, ele teria voltado ao colégio, desta vez para beber água. Segundo ele, foi nesse momento que encontrou Beatriz perto do bebedouro, que ficava próximo ao depósito onde o corpo dela foi encontrado. A menina teria percebido que ele carregava uma faca.
“Ela disse ‘você está com uma faca aí’. Aí eu gritei ‘cala a boca’. Aí eu, com medo de ela correr, disse ‘entra aí’. Aí botei ela pra dentro do quarto. Eu disse ‘fique caladinha, não saia, não, enquanto eu não for embora. Eu já estou indo embora, fique bem quietinha’. Aí sabe o que aconteceu? Ela começou foi a gritar“, afirmou, em depoimento.
Marcelo disse, então, que teria ficado com medo de descobrirem que ele estava com uma faca por causa dos gritos da menina e, por isso, teria decidido atacá-la.

