Ivan Moraes Destaca Políticas de Mobilidade e Controle Urbano na Suécia em Sessão da Câmara do Recife

 Ivan Moraes Destaca Políticas de Mobilidade e Controle Urbano na Suécia em Sessão da Câmara do Recife

Foto: Divulgação

O vereador Ivan Moraes (PSOL) repercutiu, durante a reunião plenária da Câmara do Recife desta terça-feira (11), uma visita que fez às cidades de Uppsala e Estocolmo, na Suécia, para conhecer as políticas de mobilidade e controle urbano dos locais. “Quando a gente fala da Suécia, Europa, a primeira coisa que pode vir na cabeça é que lá eles avançam porque trata-se de um país rico que, de fato, tem mais recursos que o nosso. Mas mais do que tudo, a Suécia compreende a importância de um estado que garante direitos, que cobra de quem tem mais e distribui de acordo com as necessidades das pessoas”, disse.

O vereador Ivan Moraes informou ter sido convidado pela Prefeitura de Uppsala para conhecer as políticas de mobilidade e disse ter conversado com mais de 20 pessoas que atuam na gestão pública das cidades e apresentou sugestões para o Recife. “A capital daquele país [Estocolmo] tem quase o tamanho do Recife e compreendo que podemos fazer uma referência objetiva comparando o que já avançaram com o que ainda precisamos avançar. A primeira coisa que precisamos entender é que quando a gente estimula a mobilidade ativa, não estamos apenas facilitando o ir e vir, mas para as pessoas que atuam na linha de frente do país, já se compreende que quando se estimula o uso de bicicleta e desestimula o uso de carros, estamos garantindo o incremento na mobilidade e salvando o planeta das mudanças climáticas”, afirmou.

Segundo o parlamentar, Estocolmo tem um plano de adaptação às mudanças climáticas que prevê avanços até 2030. “O plano prevê que a cidade não apenas reduza as emissões de carbono até 2030, mas que possa se transformar numa sociedade que produza oxigênio para o meio ambiente. Em Uppsala e em Estocolmo não há mais ônibus que utilizam combustível fóssil. Utilizam-se combustível feito a partir de tratamento de resíduos sólidos, do lixo que custa no Recife, o maior contrato da Prefeitura, que chega a R$ 1 bilhão, e naquela cidade é geração de renda, de energia para que os ônibus possam circular”, pontuou. 

Ivan Moraes comentou que o desestímulo ao uso de carro nas cidades, sobretudo movidos a combustível fóssil, acontece também com a proibição de estacionamento públicos para carros, com estímulo ao uso de bicicleta e criação de  espaços de convivência. “São exemplos que dizem respeito à importância da reciclagem, do controle urbano, em que o estado é quem diz o que o empreendedor tem que fazer, e não ao contrário, como vemos no Recife. Por que a gente ainda tem carro circulando no Recife Antigo? Para mim, não tem mais explicação, porque a gente pode paulatinamente ampliar áreas em que carros não circulam, para facilitar o transporte de bicicleta e incentivar que a classe média, que está muito confortável nos seus carros, deixe o carro em casa e pegue um ônibus”, sugeriu. 

Em aparte, o vereador Luiz Eustáquio (PSB) lamentou que os ciclistas no Recife ainda precisam se arriscar nas ruas. “Seria tão bom que a gente conseguisse isso aqui. Precisamos buscar isso, porque as pessoas vivem arriscando as suas vidas nas ruas, brigando com os carros, que são maiores e ganham a briga todas as vezes. E quem perde a briga é quem perde a vida, que se acidenta e nunca mais vai poder andar, porque o carro passou e bateu. Experiências como essa trazem a gente de lá para cá muito animado de muita coisa, é uma pena que quando a gente chega aqui, vê a realidade, e ela é dura”. 

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

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