Adolescentes do sistema socioeducativo serão inseridos em parte das 300 vagas destinadas pelo Grupo Educacional Caravelas para jovens de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. O anúncio, feito em evento realizado na Câmara Municipal, teve a condução do vereador Luciano Pacheco, articulador da iniciativa, e contou com a participação do presidente do Grupo Caravelas, Sílvio Tavares, e da coordenadora-geral da unidade local da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), Paula Cibelle.

Os cursos, ofertados de maneira virtual, abordarão temáticas como “Marketing Digital”, “Secretariado Executivo”, “Barbeiro Iniciante”, “Supermercado” e “Atendente Administrativo”. Conforme anunciado no evento, a participação dos socioeducandos da Funase deve ser garantida por meio da destinação de até dez bolsas de estudo. O diferencial é que, tanto para o público do sistema socioeducativo como para os jovens não privados de liberdade, o valor da matrícula dará acesso a todos os cursos disponibilizados.

“Os jovens de Arcoverde poderão se capacitar e melhorar suas chances de ingresso no mercado de trabalho. E, no caso dos que estão na Funase, estou dando a bolsa de oito ou dez alunos. É uma maneira de ressocializar”, comentou o vereador Luciano Pacheco. “O aluno pode estudar pelo celular, computador, basta ter acesso à rede. Algumas aulas são gravadas, outras são em tempo real, ao vivo. São cursos com mensalidade e certificados gratuitos para a população de Arcoverde”, explicou Silvio Tavares, do Caravelas.

No caso dos socioeducandos da Funase, a inscrição nos cursos já está sendo providenciada pela equipe do Case/Cenip Arcoverde, a unidade da instituição no município. Durante a pandemia, a experiência de inserção de socioeducandos em capacitações ou eventos virtuais já foi testada com sucesso no local, como em agosto de 2020, quando um interno foi convidado a participar de uma ação alusiva aos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente promovida pela Escola de Conselhos de Pernambuco.

“Desde o início da pandemia, as atividades profissionalizantes vinham acontecendo internamente, por meio do trabalho de agentes socioeducativos que se propuseram a realizar cursos. Recentemente, voltamos a inserir adolescentes em cursos externos, na Casa das Juventudes. E, agora, temos satisfação de participar de mais esta nova parceria. É bom ver iniciativas de quem se preocupa que esses jovens tenham uma reinserção na comunidade para onde retornarão quando saírem da Funase”, comentou Paula Cibelle.