Marília Arraes e Raquel Lyra já têm o desafio de criar uma base legislativa. Elas não têm

 Marília Arraes e Raquel Lyra já têm o desafio de criar uma base legislativa. Elas não têm

Pela primeira vez, Pernambuco terá uma mulher ocupando o cargo mais importante do Executivo estadual, independente de quem vencer no segundo turno.

E independente de qual das mulheres nesta eleição chegar à vitória, será necessário haver muita negociação para formar bases no legislativo.

É que o Solidariedade de Marília Arraes só elegeu três deputados estaduais. E o PSDB de Raquel Lyra, também, exatamente três. Aliados da neta de Arraes nessa primeira etapa, o Avante e o PSD não elegeram ninguém para a Alepe. No caso da ex-prefeita de Caruaru, o aliado Cidadania ficou longe de ocupar uma cadeira.

Com três parlamentares, numa casa com 49 deputados, não se aprova nem a compra do cafezinho no Palácio.

Essas conversas precisam começar imediatamente. Miguel Coelho (UB) declarou apoio a Raquel. Ela poderá contar com os eleitos no futuro? O União Brasil fez cinco deputados.

Marília não teve declarações imediatas de apoio, mas poderá alcançar bases entre outros eleitos? O PP, por exemplo, quase lhe declarou apoio no início do processo e, ontem, elegeu oito deputados estaduais.

Já há, para ambas, por onde começar esta semana buscando.

E em Brasília
No caso da bancada federal, vantagem relativa para Marília. Ela conseguiu eleger dois deputados em seu grupo: a irmã, Maria Arraes (SD) e Waldemar Oliveira (Avante), irmão de seu candidato a vice. A vantagem é relativa porque são dois irmãos, da candidata e do vice, e agregam pouco em relação a votos agora. Mas, se ela for eleita terão papel importante na interlocução do governo estadual. Já Raquel terá que construir suas pontes com Brasília. Daniel Coelho (Cidadania) era seu único deputado federal com chances na chapa. Ele teve uma votação muito alta, maior que a de 2018, mas estava isolado e não conseguiu se reeleger.

 

mmscriacoes

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