Mês do Orgulho Autista: a importância do diagnóstico precoce, segundo especialistas

 Mês do Orgulho Autista: a importância do diagnóstico precoce, segundo especialistas

Foto: Divulgação

Junho é o mês do Orgulho Autista que destaca a importância do conhecimento individual e coletivo das características diversas do espectro do autismo, com o objetivo de reduzir o estigma e o preconceito associado à condição.

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma condição de desenvolvimento neurológico, definida por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos ou interesses repetitivos ou restritos.

De acordo com a psicóloga da Clínica Ninho, Ana Paula Silva, o diagnóstico precoce é de grande importância, para que o tratamento tenha o início imediato e seja trabalhado com brevidade as habilidades necessárias para que a criança possa ter um desenvolvimento mais próximo possível da sua realidade.

Diagnosticar o TEA de forma precoce é fundamental, porque dessa forma as limitações serão trabalhadas e desenvolvidas  para que tanto a criança quanto a família consigam ter um norte do que fazer e aliviar a angústia de não saberem de fato como começar. Quanto mais nova a criança começa o tratamento mais rápido o resultado será positivo”, explica Ana Paula.

Ana ainda relata que a primeira coisa a se fazer quando os pais percebem sinais de autismo é não fazer diagnóstico por conta própria, nem ir por opiniões de terceiros, que não são da área. Isso pode desenvolver angústia, ansiedade,  tristeza entre outros sentimentos que não vão ajudar em nada. Busque um profissional da área para que possa ser avaliado e diagnosticado de forma correta e o tratamento adequado ser passado.

A criança de hoje, será o adulto de amanhã

Segundo a psicóloga, não necessariamente uma criança que tenha um diagnóstico de autismo vai ser um adulto difícil de socializar. Se for cuidado precocemente, tiver o tratamento correto e direcionado, ele vai ser um autista sim que pode socializar.

Se as habilidades e o cognitivo da criança com TEA for trabalhado, ela passará pelas fases da adolescência e vida adulta de forma mais tranquila, por isso ressalto a importância de ser diagnosticado precocemente,  quando se é feito o tratamento tardio fica mais difícil de desenvolver algumas habilidades,  exatamente porque existem  fases de desenvolvimento e é necessário ser trabalhado a habilidade dentro da sua fase, para que se tenha um resultado eficaz. Conseguindo dessa forma, ser um adulto capaz inclusive de seguir a sua vida e engajar na vida profissional”, explica Ana Paula.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

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