Milícias armadas intimidam caminhoneiros, diz executivo e José da Fonseca Lopes, da Abcam

 Milícias armadas intimidam caminhoneiros, diz executivo e  José da Fonseca Lopes, da Abcam

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, fala à imprensa, no Palácio do Planalto.

 

A PARALISAÇÃO QUE PERDEU O CONTROLE 

Sem se identificar, um executivo de uma grande empresa de comercialização de commodities declarou à Folha que milícias armadas estão intimidando caminhoneiros.
O executivo, que falou ao blog de Marcos Augusto Gonçalves, afirmou que as milícias –que, segundo o relato dele, apoiam uma intervenção militar– estão atuando pelo menos em Minas, Paraná e Goiás. Motoristas estariam se recusando a sair até com escolta.
O relato coincide com as declarações do lider sindical José da Fonseca Lopes, da Abcam. Segundo o líder dos caminhoneiros, “intervencionistas” estão impedindo a categoria de voltar ao trabalho.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes

Lopes em entrevista a Agência Brasil comentou que entre 70% e 80% dos caminhoneiros que participavam das manifestações nas rodovias do país já “levantaram acampamento” nos pontos de obstrução. A expectativa é de que a desmobilização seja concretizada até o final desta terça-feira (29). A entidade divulgará, até o final da tarde de hoje (28), um balanço preciso sobre a situação atual da mobilização de caminhoneiros, que já dura oito dias.
“O nível da adesão [à desmobilização] está aumentando gradativamente. Estou aguardando posição do grupo que está fazendo o levantamento. Apesar de ainda não termos um número exato [sobre o total de caminhoneiros que já se desmobilizaram], dá para dizer que de 70% a 80 % já levantaram acampamento”, disse Lopes à Agência Brasil.
SEGUNDO LOPES E EXECUTIVOS EXISTEM GRUPOS QUE ESTÃO SE APROVEITANDO DO MOMENTO

Uso político

Lopes explica que as manifestações que ainda ocorrem em alguns pontos de rodovias não estão relacionadas às reivindicações de caminhoneiros, mas há “gente que quer derrubar o presidente Michel Temer”. Lopes diz ter ouvido relatos de que parte do movimento dos caminhoneiros estaria sendo usado politicamente por defensores da intervenção militar.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Rio Grande do Sul (Sinditac/RS), Carlos Dahmer, do ponto de vista classista, está tudo resolvido.

(Sinditac/RS), Carlos Dahmer

O dirigente sindical também aponta problemas que vêm sendo causados por “posições extremistas, de âmbito político”, que vão desde a defesa de uma intervenção militar até o movimento Lula Livre, que pede a soltura do ex-presidente, passando pelo Fora Temer. “A gente respeita os que defendem essa bandeira, mas que eles montem o seu piquete fora do nosso movimento”.
Por: David Marques
fontes : Agência Brasil / O Antagonista
 

davidmax

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