NÁUTICO QUEBRA TABU DE 53 ANOS E DERROTA O TIME DE DOIS MILHÕES DE REAIS

 NÁUTICO QUEBRA TABU DE 53 ANOS E DERROTA O TIME DE DOIS MILHÕES DE REAIS

Depois de 53 anos e de perder 10 decisões para o Sport Clube do Recife, o Náutico hoje quebrou o tabu e finalmente conquistou o Campeonato Pernambucano em cima do tradicional rival.

 

Na verdade o alvirrubro foi melhor que o adversário nas duas partidas da final, fato reconhecido por Cabral Neto e Júnior, que comentaram o jogo na Globo Nordeste.

 

Hoje, nos Aflitos, onde o Timbu não levantava a taça desde a década de 70, finalizou mais, cobrou uma quantidade escandalosa de escanteios, meteu duas bolas na trave, a zaga do Sport salvou duas em cima da linha, fez um gol aos 32 minutos da segunda etapa e numa bobeira sofreu o empate aos 42.

 

Parecia que a sina de sofrer ia se manter.

 

Mas os jogadores do Náutico converteram cinco pênaltis, o Leão desperdiçou uma cobrança e o resultado de 5 x 3 deu ao alvirrubro o seu 23º título pernambucano.

 

Nem sempre dinheiro é tudo. O Sport, com uma folha salarial de R$ 2 milhões por mês perdeu para o Náutico, que gasta mensalmente com o elenco R$ 700 mil.

 

Nem sempre se faz justiça em futebol, mas neste domingo se fez.

 

O Timbu fez a melhor campanha, teve o melhor ataque e o artilheiro do Campeonato, Kieza, que hoje mais uma vez deixou sua marca. Fez um golaço no tempo normal e cobrou o pênalti decisivo que fez a alegria da torcida vermelho e branco.

 

Na sede do clube, nos Aflitos, os torcedores esqueceram que estamos vivendo uma pandemia e uma verdadeira multidão está comemorando a conquista.

 

Publicamos abaixo um texto do ex-deputado federal Fernando Ferro sobre José de Oliveira, ilustre torcedor do Náutico que se encantou esta semana. Certamente o Zé está fazendo a festa no céu:

 

 

Além da cultura, José Oliveira Rocha, o Zé da Macuca, era torcedor ferrenho do Náutico, foi jogador do clube e teve uma rica história como atleta na juventude. 

 

Era o craque do futebol, o grande jogador de sua época em Garanhuns, do campo ao salão. Mágico dos dribles e dos chutes precisos. Por muitos reconhecido como o melhor jogador da história da cidade. Por lá, atuou pelo Colégio Quinze de Novembro, pela Associação Garanhuense de Atletismo (AGA) e pelo Independente Atlético Clube (IAC), no início da década de 70. 

 

Já em Recife teve grande destaque no Futebol de Salão (à época não existia a terminologia futsal), sendo artilheiro e melhor jogador em edições do campeonato pernambucano, além de alcançar a seleção pernambucana para a disputa do campeonato brasileiro. 

 

Foram diversos times em Recife, mas foi no time de seu coração o grande orgulho. Defendeu as trincheiras do futsal do Náutico na difícil batalha dos anos seguintes ao eneacampeonato alvirrubro, quando João de Deus e companhia decidiram vestir a camisa do Santa Cruz. Ainda assim, disputando contra um time estrelado, alcançou artilharias e convocações. 

 

Pensou em se profissionalizar no futebol de campo, chegou a disputar amistosos como titular dividindo o meio-campo com Vasconcelos, craque alvirrubro da década 70. Mas foi orientado pelo seu irmão mais velho, Eremildo, a permanecer nos estudos, cursar a faculdade e continuar nos esportes como amador. 

 

Pelo seu estilo de jogo ofensivo, ele certamente estará iluminando do céu os pés de Jean Carlos, Kieza, Erick e Vinícius nessa decisão. 

 

Zé da Macuca é Náutico! 

 

Roberto Almeida

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