Pernambuco tem quase 3,5 mil desalojados e desabrigados por causa de transtornos após fortes chuvas

Segundo a Codecipe, mais de 1 mil famílias foram afetadas
 Pernambuco tem quase 3,5 mil desalojados e desabrigados por causa de transtornos após fortes chuvas

Água invadiu ruas em Belém de Maria, na Mata Sul de Pernambuco – Foto: Divulgação/Defesa Civil de Belém de Maria

Pelo menos 3.480 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas por causa dos estragos e transtornos causados pelas fortes chuvas que atingem Pernambuco desde a semana passada. O dado foi atualizado nesta segunda-feira (10) pela Coordenadoria da Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). Mais de 1 mil famílias foram afetadas.

O Governo do Estado reconheceu, em decretos publicados no fim de semana no Diário Oficial, que 15 municípios da Mata Sul, onde a situação é mais crítica, estão em situação de emergência. Os textos têm validade de 60 dias e facilitam o acesso a recursos para mitigar os efeitos das chuvas pelas cidades.

A gestão estadual também anunciou a disponibilização de R$ 1,34 milhão para o custeio imediato de benefícios eventuais emergenciais nos municípios afetados por situações de emergência e calamidade.

Para decretar a situação, o governo levou em consideração relevantes condições, como a preservação do bem-estar da população e das atividades socioeconômicas das regiões atingidas por eventos adversos, e o fato dos habitantes dos municípios afetados ainda não terem condições satisfatórias de superar os danos e prejuízos provocados.

Barreiros, Palmares, Belém de Maria, São Benedito do Sul e Água Preta são as cidades com maior quantidade de pessoas desalojadas [confira a lista completa abaixo]. De acordo com a Codecipe, não há registro de feridos ou mortos.

Coordenador da Defesa Civil de Belém de Maria, Natanael Silva explica que o momento agora é contabiizar prejuízos. “O tempo está estável, os rios que cortam o municípios estão em seus níveis normais. As vias receberam muita água, casas foram atingidas”, disse. O rio que transbordou na cidade foi o Sueiras, um leito de menor porte que corta o município. O rio Panelas chegou a atingir 3,2 m — sua cota de inundação é de 4 m.

“A parte técnica está cadastrando as famílias e agora vamos começar a limpeza das vias. Solicitamos apoio da Defesa Civil do Estado para enviar um carro pipa. A médio prazo é ver a questão da drenagem”, completa Natanael.

Vídeo de uma rua sendo invadida por um grande volume de água viralizou nas redes sociais. Natanael explica que a prefeitura irá apurar se algum açude ou pequena barragem de propriedade privada se rompeu. A cidade recebeu, na última sexta-feira (7) 74 milímetros de chuva em 24 horas, volume considerado muito acima da média.

Desalojados
Água Preta – 312
Barreiros – 880
Belém de Maria – 424
Brejo da Madre de Deus – 4
Camaragibe – 42
Camutanga – 4
Catende – 1
Cortês – 35
Jaboatão dos Guararapes – 3
Jaqueira – 234
João Alfredo – 7
Joaquim Nabuco – 40
Lagoa de Itaenga – 3
Maraial – 48
Nazaré da Mata – 19
Palmares – 707
Quipapá – 32
Ribeirão – 35
São Benedito do Sul – 456
Tamandaré- 3
Vitória – 17
Xexéu – 60

Desabrigados
Água Preta – 15
Barreiros – 16
Catende – 169
Cortês – 7
Jaboatão dos Guararapes – 75
Maraial – 1
Palmares – 8
Paulista – 3
Rio Formoso – 1
São Benedito do Sul – 56
Tamandaré – 3
Vicência – 6
Vitória – 1

Os desalojados e desabrigados foram encaminhados a prédios de administração pública e casa de parentes.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente contribuiu para o aumento da nebulosidade na costa leste da região, o que favoreceu a ocorrência de chuvas. O instituto espera que as chuvas permaneçam, ao menos, até a próxima quarta-feira (12).

O balanço mais recente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) mostra uma redução no total de chuvas nas 24 horas contabilizadas até 7h desta segunda-feira (10).

Segundo o levantamento, Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte registrou o maior acumulado, com 30,0 mm. Em Buenos Aires, na Mata Norte, choveu 25,7 mm. E em Águas Belas, no Agreste pernambucano, o índice foi de 16,6 mm.

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