Revisão dos materiais educativos desencadeia polêmica política no México, com a oposição acusando o governo de tentar doutrinar estudantes mexicanos.

Paulo Freire, um dos pedagogos brasileiros mais influentes do mundo, conhecido por sua abordagem educacional progressista, está no centro de uma controvérsia política no México. A revisão dos livros didáticos pelo governo de López Obrador, que busca eliminar conteúdo “neoliberal” da educação pública, desencadeou uma escalada de tensões e até queima de livros.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador (AMLO), lidera o partido esquerdista Morena e almeja a reeleição nas eleições presidenciais de 2024, intensificando ainda mais o cenário político polarizado.

As mudanças nos livros didáticos, que incluem referências à “teoria da revolução” de Paulo Freire, provocaram acusações de doutrinação ideológica e comunismo por parte da oposição e de entidades conservadoras da sociedade civil. A situação se agravou quando os conteúdos dos novos livros foram conhecidos, revelando erros factuais e problemas de configuração.

O México enfrenta uma luta política entre AMLO e a oposição, com as eleições de 2024 no horizonte. A revisão dos livros didáticos é vista como parte da estratégia de AMLO para promover uma “Quarta Transformação” no país, enfatizando uma abordagem social, humanística e científica na educação em contraste com o que ele descreve como abordagens “neoliberais” do passado.

Foto: Divulgação