Portugal vive crise na Cultura

 Portugal vive crise na Cultura

Os profissionais da cultura e artes de Portugal entraram numa vigília para dar visibilidade às consequências da paragem que a pandemia causou à atividade artística. Números colhidos em inquérito pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) revelam uma realidade preocupante.

Cerca de 98% dos profissionais (artistas, criadores e técnicos) entrevistados declararam ter tido trabalhos cancelados devido ao momento pandêmico e não sabem quando ou se voltam a trabalhar. Também consideram insuficiente o apoio implementado pelo Ministério da Cultura. O inquérito decorre através da internet e pretende fazer um diagnóstico do impacto da crise sanitária no setor cultural.

A Vigília Cultura e Artes iniciada nesta manhã, em Lisboa, vem escancarar para a sociedade o contexto atual: o estado de calamidade financeira que se encontram atores, produtores, técnicos de palco, dramaturgo, entre outros profissionais do setor, muitos dos quais, sobrevivendo hoje com a ajuda de colegas.

Um exemplo tem sido o apoio de grupos formados em redes sociais, sensibilizados em ajudar a classe. No Facebook, a União Audiovisual, que já conta com mais de 6 mil membros, tem feito uma campanha semanal, com recolha de alimentos, para doar aos profissionais que estão em maior dificuldade. Além disso, o grupo dá orientação de entidades e autarquias que também estão a ajudar. Os organizadores fazem a recolha toda quarta-feira e, no dia seguinte, a doação.

Apesar da boa vontade social, a ajuda não é suficiente para a sobrevivência de uma classe esquecida, que não é prioridade, carente de medidas governamentais e de apoio financeiro. Entretanto, muito importante em momentos como o que estamos vivenciando no mundo. Os artistas tiveram um papel relevante no confinamento, com diferentes formas de arte e cultura, na resposta à crise da Covid-19.

rivaniaqueiroz

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