Portugueses querem medidas mais duras

 Portugueses querem medidas mais duras

Os números assustam. As medidas restritivas passam a ser cada vez mais necessárias e compreendidas pela população, que já pede ao governo de Portugal que adote medidas mais duras. Até o início desta tarde do domingo, mais de 158 mil pessoas tinham assinado uma petição pública pedindo ao governo português que decrete de imediato o regime de quarentena obrigatória à população em geral, bem como o fecho de fronteiras.

O documento que circula na internet endereçado ao governo justifica que é necessário antecipar os passos a nível de prevenção. Na terça-feira (dia 10), o governo de Portugal decretou estado de alerta e impôs limites ao funcionamento de vários serviços, para tentar conter o novo Coronavírus, após o aumento considerável de casos no país.

A reportagem foi às ruas ouvir a população e saber o que pensa sobre a pandemia. O estudante Bruno está assustado com a velocidade da doença e as incertezas sobre o vírus que se espalha em todo o mundo. “Não sabemos ainda o que vai acontecer. Estamos só esperando as notícias. Minha escola está fechada e não sei o que vai ser daqui para frente. Espero que isso passe. As nossas vidas têm que continuar”, afirmou o jovem.

Bruno está assustado com a velocidade da doença e as incertezas sobre o vírus que se espalha no mundo

A dona de casa Sidneia também está com medo, mas acredita na força de Deus e mantém a esperança viva de que tudo isso vai passar logo. “Não podemos entrar em pânico, que é o que já está acontecendo com muita gente. Precisamos acreditar em Deus”, alertou. A aposentada Lourdes se diz muito assustada e garantiu que não sairá mais de casa para evitar o contato com pessoas que possam estar infectadas. “Estou com muito medo. Não vou mais sair. Acho muito importante as medidas do governo para tentar conter o surto”.

“Não podemos entrar em pânico, que é o que já está acontecendo com muita gente”, diz Sidneia

Num giro pelas principais estações do metro, comboio e autocarro de Lisboa foi possível perceber, ontem, um número muito reduzido de pessoas circulando. As poucas pessoas que acessavam o transporte púbico estavam visivelmente preocupadas, tristes e assustadas. Apenas em áreas mais turísticas da capital portuguesa foi possível encontrar cidadãos, a maioria turistas, que circulavam normalmente.

A partir de medida que deve vigorar nesta segunda-feira (16), aulas em escolas de todo o território português serão canceladas, sem prazo definido, e com previsão de retorno após a páscoa. Restaurantes e bares estão limitados, e podem funcionar até 21h. Academias de ginástica, piscinas e outras atividades foram paralisadas temporariamente. Nos supermercados, faltam enlatados, massas e papel higiênico e produtos de limpeza. Nas farmácias, faltam termômetros e remédios para febre e dores de cabeça.

rivaniaqueiroz

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