Prefeito de Moreno é Acusado de Retaliação Contra Servidora da Saúde

Irmã Karina Lira denuncia redução de jornada e corte de gratificação essencial para o tratamento de sua filha com necessidades especiais.

 Prefeito de Moreno é Acusado de Retaliação Contra Servidora da Saúde Irmã Karina Lira denuncia redução de jornada e corte de gratificação essencial para o tratamento de sua filha com necessidades especiais.

Foto: Reprodução

O município de Moreno, em Pernambuco, está no centro de uma denúncia explosiva e repugnante: o prefeito Edmilson Cupertino (PP) é acusado de perseguir implacavelmente uma servidora pública, Irmã Karina Lira, enfermeira, mãe e ex-candidata a vice-prefeita. Após seu retorno ao trabalho, em setembro, Irmã Karina foi lançada em um pesadelo administrativo que cortou brutalmente sua carga horária e retirou sua gratificação de R$ 1.900, quantia essencial para custear o tratamento de sua filha de 15 anos, uma jovem com necessidades especiais que necessita de atendimento em outros municípios.

Irmã Karina, servidora de saúde desde 2013, ocupou a tribuna da Câmara Municipal, onde expôs, em um discurso comovente, a insensibilidade fria da gestão do prefeito Cupertino. “É um absurdo que eu precise estar aqui, implorando por um direito básico para cuidar da minha filha“, afirmou. “O tratamento que recebo não é apenas injusto; é desumano, uma verdadeira crueldade por parte de quem deveria zelar pela dignidade dos cidadãos”, denunciou ela, em meio à consternação dos presentes.

Esse escandaloso ato de retaliação política é ainda mais perturbador quando se considera que um parecer da Procuradoria Geral do Município, emitido em 2022, já assegurava a Irmã Karina o direito à redução de jornada, sem qualquer prejuízo financeiro, justamente para que pudesse acompanhar o tratamento vital de sua filha. Esse parecer destacou a “incompatibilidade entre o horário de trabalho e o acompanhamento terapêutico”, evidenciando que a prefeitura não apenas agiu contra a lei, mas demonstrou um desprezo absoluto pelo bem-estar de uma criança em situação de vulnerabilidade.

A perseguição parece ter raízes políticas: Irmã Karina lira (PSD) foi candidata a vice-prefeita ao lado de Heitor de Enoque (PL), oposição direta ao prefeito Cupertino. “Minha voz não será calada por essa insensibilidade brutal, e lutarei com todas as minhas forças para garantir os direitos da minha filha e de todas as mães que enfrentam essa indiferença grotesca”, declarou Irmã Karina, em um apelo ardente às autoridades e à população.

Esse caso expõe de forma crua o desprezo da atual gestão pelo bem-estar das famílias e a dignidade dos servidores. Afinal, qual é o preço de uma vida para essa administração?

Céu Albuquerque

Jornalista, Escritora, Pesquisadora e Fotógrafa.

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