TJPE suspende afastamento do prefeito de São Lourenço da Mata, no Grande Recife
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Bruno Pereira (PTB) estava afastado do cargo desde setembro de 2017, devido a uma operação policial que investiga desvio de dinheiro na prefeitura.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) suspendeu, nesta terça-feira (16), a decisão que afastava Bruno Pereira (PTB) do cargo de prefeito de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, desde setembro de 2017. A decisão do desembargador Alberto Virgínio também determinou a imediata recondução do gestor municipal ao posto.
De acordo com a assessoria de comunicação do prefeito, a notificação foi entregue na tarde desta terça (16) ao vice-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Rico Gás (PP), e, em seguida, o cargo da administração municipal foi reocupado por Bruno Pereira. A decisão judicial será publicada na edição de número 12 do Diário de Justiça eletrônico (DJe).
Entenda o caso
Bruno Pereira e outros servidores municipais foram afastados de seus cargos em setembro de 2017, após a Polícia Civil deflagrar uma operação para investigar um grupo suspeito de desvio de bens e recursos públicos na Prefeitura de São Lourenço da Mata. Denominada “Tupinambá”, a operação ocorreu no Recife, em São Lourenço da Mata e em Camaragibe, também na Região Metropolitana, assim como em Caruaru e Bezerros, no Agreste.
A sede da prefeitura de São Lourenço da Mata foi isolada, mas, quando os policiais entraram na sala da Secretaria de Administração para apreender contratos de licitação, o armário estava vazio. Na casa de Bruno Pereira, foram encontrados R$ 23 mil em espécie.
Depois do afastamento dos servidores, a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investigaram a existência de funcionários fantasmas durante a gestão do político. As denúncias foram feitas ao MPPE por moradores e vereadores da cidade.
Durante entrevista coletiva concedida à imprensa na semana da operação, Bruno Pereira afirmou ser vítima de um golpe e informou que, dos R$ 23 mil encontrados em sua residência, R$ 14 mil eram de seu pai e outros R$ 6 mil eram de seu irmão. Os R$ 3 mil restantes eram seus, já que ele afirmou ter o costume de guardar dinheiro em casa.
Edição:Robson Ouro Preto