Belo Jardim Desafia a Governadora: Redistribuição do ICMS Resulta em Perda de R$ 9 Milhões para o Município
O município de Belo Jardim, com mais de R$ 9 milhões em jogo, enfrenta um desafio econômico após a aprovação do projeto de redistribuição do ICMS, proposto pela governadora Raquel Lyra e já validado pela Assembleia Legislativa. O prefeito Gilvandro Estrela (UB) expressou seu descontentamento, denunciando a perda significativa de receita própria para o próximo ano.
“Demos 27 mil votos para garantir sua vitória no segundo turno. E o presente de Natal que ganhamos foi ficar sem essa dinheirama no ano que vem em relação a este ano,” lamentou Estrela, destacando a importância do apoio do município durante a eleição da governadora.
Em entrevista ao programa Frente a Frente, da Rede Nordeste de Rádio, Estrela ressaltou a gravidade da situação para um município do porte de Belo Jardim, enfatizando que abrir mão desse montante não é uma opção viável. Ele espera que a governadora tenha sensibilidade para com a cidade e busque alternativas para repor os fundos perdidos.
Apesar de reconhecer que a legislação já aprovada limita mudanças, o prefeito acredita que ainda é possível encontrar soluções compensatórias. Ele apela para a governadora reconsiderar a situação, destacando que a parceria com a Assembleia e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) prejudica de forma desproporcional Belo Jardim.
Estrela argumenta que a cidade é fortemente impactada pela redistribuição, principalmente devido às indústrias locais, como o grupo de baterias Moura. Ele compara a situação com a renúncia de recursos feita pelo prefeito do Recife, João Campos, afirmando que não se pode comparar Belo Jardim com a capital do estado.
O prefeito promete buscar diálogo com a governadora Raquel Lyra, confiando em sua sensibilidade para compreender as especificidades do município e encontrar soluções que minimizem os efeitos prejudiciais da redistribuição do ICMS. O debate sobre a justiça dessa partilha continua, trazendo à tona as preocupações financeiras e a necessidade de equidade nas decisões que impactam diretamente as cidades pernambucanas.