Epicondelite: fisioterapeuta alerta para movimentos repetitivos
Movimentos repetitivos estão cada vez mais comuns no dia a dia de muitos brasileiros. Seja pelo uso excessivo do computador, celular ou atividades no trabalho, a repetição diária pode causar uma inflamação chamada de Epicondilite. Normalmente, essa doença atinge os tendões dos cotovelos e ocasiona uma tendinite que ocorre em maior incidência em quem realiza movimentos repetitivos com a utilização das mãos, dedos e punho, atingindo cerca de 1% e 3% da população.
De acordo com a fisioterapeuta, Paulo Koury, a doença também é bastante conhecida como “cotovelo do tenista” ou “cotovelo de golfista”, isso porque o problema acomete mais atletas dessas modalidades ou de esportes que tenham relação com arremesso. Ela pode ocorrer de duas maneiras: na parte lateral ou medial e evolui para danos nos tecidos vasculares. “A doença é identificada pela dor, que pode ter início mais brando e com o passar do tempo, podendo ficar mais intensa e prejudicar a realização dos movimentos. O incomodo ocorre nas movimentações e na apalpação, ocorrendo na região do epicôndrio (localizado abaixo da caixa torácica, dos lados direito e esquerdo do corpo), estendendo-se do dorso ao antebraço”, explica.
Quando a inflamação ocorre na parte de dentro do cotovelo, se diz que é a epicondilite medial (cotovelo de golfista), que também surge por prática excessiva esportiva que demandem muito a utilização dos cotovelos. Ela é menos frequente e atinge cerca de 1% da população. Já a parte lateral do cotovelo é responsável pela extensão dos punhos, seja em sua movimentação para cima ou para baixo. Quando a região sofre algum desgaste ou sobrecarga, fissuras ou processo inflamatório decorrente de reforço repetitivo, quer dizer que o problema está relacionado com a epicondilite medial, podendo evoluir para a epicondilite crônica ou até a calcificação do tendão.
Já a parte medial do cotovelo é responsável pela flexão dos punhos, seja em sua movimentação para cima ou para baixo. Quando a região sofre algum desgaste ou sobrecarga, fissuras ou processo inflamatório decorrente de reforço repetitivo, o problema está relacionado com a epicondilite medial, podendo evoluir para a epicondilite crônica ou até a calcificação do tendão.
Ainda de acordo com Paulo, o tratamento na grande maioria das vezes se dar através da fisioterapia especializada. “Em casos de cirurgia, ela é indicada apenas quando o tratamento tradicional não surte efeito. Caso confirmada existe a cirurgia aberta (incisão acima do cotovelo) e artroscópica (pequenas incisões”, explica.
No pós-operatório, a região deve ficar imobilizada e após isso iniciam exercícios de alongamento e exercícios de fortalecimento. Terapia ocupacional, treino funcional e alterações no cotidiano para melhorar a postura também são aconselháveis.
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