Expansão do Mercado Livre de Energia: Milhares de Empresas no Nordeste se Preparam para Migrar em Janeiro de 2024

 Expansão do Mercado Livre de Energia: Milhares de Empresas no Nordeste se Preparam para Migrar em Janeiro de 2024

Foto: Divulgação

O mercado livre de energia elétrica está prestes a receber um influxo significativo de empresas em janeiro de 2024, impulsionado pela Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME). Com a perspectiva de até 35% de desconto na conta de luz, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) estima que 24 mil consumidores, principalmente empresas do Nordeste, deverão migrar para esse modelo, estabelecendo um recorde na busca por autonomia na escolha de fornecedores de energia.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revela que aproximadamente 8 mil consumidores já formalizaram seus pedidos de migração junto às distribuidoras. Essa movimentação é uma resposta ao desejo de empresas, especialmente do Grupo A, que engloba grandes indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte, em consumir energia em média e alta tensão.

Consumidores com demanda acima de 30 KW, equivalente a contas de energia superiores a R$ 7 mil, terão a oportunidade de se beneficiar do Mercado Livre de Energia, contando com a liberdade de escolha e a possibilidade de negociar condições comerciais alinhadas às suas necessidades e perfil de consumo.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), nos últimos 12 meses encerrados em julho deste ano, o mercado livre de energia ganhou 5883 unidades consumidoras, um crescimento de 20%. O Brasil agora conta com um total de 35.142 unidades consumidoras livres, representando 39% do consumo nacional de eletricidade.

A Abraceel destaca ainda que, do total de 129,5 GW de energia elétrica centralizada prevista para operar entre 2023 e 2029, 92% estão destinados ao mercado livre. Essa tendência é impulsionada pela flexibilidade e liberdade de escolha que o Mercado Livre proporciona aos consumidores, promovendo uma maior competitividade e permitindo escolhas estratégicas.

João Henrique Lins, Gerente Comercial Nordeste da Elétron Energy, ressalta que o Mercado Livre de Energia é um caminho promissor e crucial para a economia. Ele destaca o apoio a projetos em andamento, como a ampliação do mercado livre para residências, visando uma democratização ainda maior no setor elétrico brasileiro. Além disso, Lins destaca que a crescente adoção de fontes renováveis, especialmente energia solar, está redefinindo não apenas o consumo de energia, mas também abrindo portas para uma era de sustentabilidade e inovação no setor energético.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

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