“Tenho certeza que o caso de Beatriz será solucionado”, diz Lúcia Mota após reunião com órgãos de Segurança de Pernambuco

 “Tenho certeza que o caso de Beatriz será solucionado”, diz Lúcia Mota após reunião com órgãos de Segurança de Pernambuco

Na reunião ficou decidido que a delegada Polyanna Néry e sua equipe trabalharão exclusivamente na elucidação do caso. Beatriz Angélica Mota foi assassinada em dezembro de 2015.

Depois de anunciar na segunda-feira (28) que a delegada Polyanna Néry assumirá as investigações do caso de assassinato de Beatriz Angélica Mota, a secretaria de Defesa Social realizou uma reunião em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Estiveram presentes no encontro, a delegada, o Chefe de Polícia Civil de Pernambuco Joselito Kherle do Amaral e a representante da Secretaria de Defesa Social do Estado, Sandra Maria dos Santos. De acordo com a mãe de Beatriz, Lúcia Mota, na reunião ficou definido que Polyanna Néry e sua equipe trabalharão exclusivamente na elucidação do caso.

“Nos foi prometida uma equipe exclusiva no caso de Beatriz e investimentos para tudo que for necessário. Nós ficamos muito tristes ao perceber a falta de compromisso da Secretaria de Segurança com o caso de Beatriz. Tudo que nos foi prometido anteriormente desde o início não foi cumprido. Nós sentimos agora no Chefe de Polícia, Dr. Joselito essa força, esse desejo de que realmente agora vamos fazer diferente, vamos trabalhar de uma forma diferente, isso faz com que realmente aumente nossas esperanças”.

Antes o caso vinha sendo conduzido em Recife-PE. Para a mãe de Beatriz, com as investigações em Petrolina, a família pode acompanhar melhor o andamento. “A partir de agora eu vou passar a monitorar o trabalho da polícia, vou estar mais perto mesmo que de forma indesejada, mas eu não vou mais ficar aguardando alguém me dar um retorno. Vou cobrar diretamente, se necessário todos os dias na delegacia, para ver pessoalmente se o trabalho está sendo realizado da forma que nos foi prometido e da forma que a gente espera”, explicou Lúcia.

No dia 13 de novembro, os pais de Beatriz, Lúcia Mota e Sandro Romildo, estiveram na capital para cobrar do governo do estado uma resposta sobre o caso. Eles acreditam que as cobranças começaram a ser atendidas. “Essas decisões tanto da Polícia Civil quanto do Ministério Público foram decisões institucionais. A nossa ida a Recife foi para cobrar exatamente isso, uma aproximação da polícia, as informações serem transmitidas às claras. Se o Chefe de Polícia, o Secretário de Defesa Social acharam por bem fazer a troca da Dra. Gleide pela Dra. Polyanna, nós só temos agora que agradecer o trabalho que a Dra. Gleide fez. Ela contribuiu muito conosco, nós temos uma eterna gratidão, por exemplo, a revelação das novas imagens foi trabalho já dela, então agora é ficar próximo da Dr. Polyanna, nos colocarmos mais uma vez a disposição do trabalho da polícia e esperar bons resultados”, declarou Sandro.

No dia 10 de dezembro, o crime completa dois anos. Neste período, esta é a terceira vez que o comando das investigações sofre alteração. O primeiro delegado responsável pelo caso foi Marceone Ferreira. Em dezembro de 2016, a delegada Gleide Ângelo passou a conduzir as investigações. Agora, com Polyanna Néry a frente do caso, Lúcia Mota está confiante na prisão do assassino de Beatriz.

“Tudo nos dá esperança. Eu tenho certeza que o caso de Beatriz será solucionado. Na verdade o que falta são pessoas de coragem para agir, para dar o primeiro passo, é isso que está faltando no caso Beatriz. Quando eu digo isso é em todo sentido, tanto na polícia, quanto do poder público que é o Ministério Público, a gente percebe essa distância. Quando se renova uma equipe tudo na gente também se renova. Todas as expectativas, a gente passa a depositar nessas pessoas, toda nossa confiança”.

Entenda o caso

Beatriz Angélica Mota foi morta em uma tradicional escola de Petrolina. (Foto: Arquivo pessoal / Família)

Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas.

A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

EDIÇÃO: ROBSON OURO PRETO

robsonouropreto

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