Você sabe qual a importância da biodiversidade na sua vida?
Biodiversidade é a variabilidade de espécies vivas na Terra, em diferentes ecossistemas incluindo os terrestres e aquáticos. Há inúmeras espécies que ainda não foram descobertas na Terra, outras já foram extintas ou encontram-se ameaçadas de extinção afetando o equilíbrio ecológico.
Dia 22 de maio foi o dia Internacional da Biodiversidade, e por que não se informar da importância que ela representa na vida do ser humano?
Nas duas últimas décadas, aumentou a conscientização de que a extinção de espécies, a perda de habitat e o declínio da diversidade nos ecossistemas naturais e gerenciados podem afetar adversamente o bem-estar humano (1,2).
Os serviços ecossistêmicos, que são os bens e serviços que nós obtemos dos ecossistemas direta ou indiretamente, contribuem criticamente para o nosso desenvolvimento, o que além de manter um ambiente funcional, é fonte de recursos para alimentação, abrigo, utensílios entre outros. A biodiversidade agrega valores imensuráveis a saúde, economia e qualidade de vida.
Na saúde, a perda e degradação contínua de ecossistemas, acarreta consequências negativas como o aumento dos surtos de doenças infecciosas. Além disso, a maioria dos nutrientes e medicamentos é derivada direta ou indiretamente da variedade de espécies e genótipos.
Na economia, são partes integrantes recursos como madeira, minerais, água, produtos agrícolas, peixes e animais de caça. Alterações negativas na biodiversidade podem afetar serviços ecossistêmicos como os organismos responsáveis pelo controle de espécies invasoras ou pragas, a manutenção da fertilidade do solo, vegetação diversificada, qualidade do ar e da água, decomposição de resíduos e regulação do clima, os quais são processos naturais complexos que o impacto pode ser drástico. A biodiversidade também revigora nossa indústria do turismo, como o ecoturismo e atividades de aventuras. Logo, a avaliação econômica emergiu como uma ferramenta importante para ilustrar o vínculo entre a natureza e o bem-estar humano (2, 3).
Infelizmente, os bens socioeconômicos e serviços ecossistêmicos estão ameaçados em resposta ao processo de declínio da biodiversidade intensificado pelas ações humanas. Mediante a importância de manter o equilíbrio da biodiversidade na Terra, ficam as reflexões: Precisamos rever nossas ações no âmbito de preservar os recursos naturais? E se a natureza cobrasse por seus serviços ecossistêmicos?
Referencias:
1. S. Díaz, U. Pascual, M. Stenseke, B. Martín-López, R. T. Watson, Z. Molnár, R. Hill, K. M. A. Chan, I. A. Baste, K. A. Brauman, S. Polasky, A. Church, M. Lonsdale, A. Larigauderie, P. W. Leadley, A. P. E. van Oudenhoven, F. van der Plaat, M. Schröter, S. Lavorel, Y. Aumeeruddy-Thomas, E. Bukvareva, K. Davies, S. Demissew, G. Erpul, P. Failler, C. A. Guerra, C. L. Hewitt, H. Keune, S. Lindley, Y. Shirayama, Assessing nature’s contributions to people. Science 359, 270–272 (2018). 2. TEEB, The Economics of Ecosystems and Biodiversity: Mainstreaming the Economics of Nature: A Synthesis of the Approach, Conclusion and Recommendations of TEEB (UN Environment, 2010). 3. . R. Costanza, R. de Groot, L. Braat, I. Kubiszewski, L. Fioramonti, P. Sutton, S. Farber, M. Grasso, Twenty years of ecosystem services: How far have we come and how far do we still need to go? Ecosyst. Serv. 28, 1–16 (2017).
@isabellevilela1