Oposição na ALEPE: Deputados do PSOL e PSB Avaliam Governo Raquel Lyra e Apontam Desafios para 2024

No cenário político pernambucano, o bloco de oposição liderado pela deputada Dani Portela (PSOL) reuniu-se em uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço minucioso do trabalho realizado na Assembleia Legislativa no último ano. Com críticas contundentes e números preocupantes, os deputados destacaram os desafios enfrentados pelo estado e questionaram a eficácia da gestão da governadora Raquel Lyra.

A deputada iniciou a exposição ressaltando a natureza propositiva das ações do bloco na Casa Legislativa, enfatizando a importância de uma oposição ativa na construção de propostas e no monitoramento das atividades governamentais. Entretanto, a ausência notável de parlamentares do PT na coletiva intriga, gerando questionamentos sobre a posição do partido em relação às críticas apresentadas.

A coletiva contou com a presença de apenas cinco deputados, incluindo Portela, Rodrigo Farias, Sileno Guedes, Waldemar Borges, todos filiados ao PSB, e o deputado Gilmar Júnior (PV), que recentemente esteve em reunião com o prefeito João Campos (PSB). A líder da bancada esclareceu que o convite foi estendido a todos que se apresentam de maneira crítica ao governo estadual, mencionando justificativas de ausência, como a da deputada Gleide Ângelo (PSB).

Ao ser questionada sobre a composição atual da bancada de oposição, Dani Portela expressou a dificuldade em fornecer um número preciso, destacando a existência de uma bancada independente que acolhe a maioria dos deputados. Contudo, ela assegurou que o convite foi direcionado especialmente aos que adotam uma postura mais crítica em relação ao governo, ressaltando as ausências dos três deputados do PT.

A bancada ausente, composta pelo ex-prefeito do Recife, João Paulo, pelo deputado Doriel Barros e a deputada Rosa Amorim, levanta questionamentos sobre a posição do partido diante das críticas direcionadas à gestão de Raquel Lyra. As críticas, por sua vez, centraram-se principalmente na área da saúde, considerada caótica e em descompasso com as promessas de campanha da governadora.

A falta de representação do PT na coletiva pode estar vinculada à evidente aproximação da governadora com o ex-presidente Lula, tornando-se um elemento a mais nesse cenário político complexo. O ano de 2024 se inicia com a oposição marcando posição e colocando em xeque a eficácia da gestão estadual, enquanto os desdobramentos dessa dinâmica política ganham destaque no cenário pernambucano.